25.2.07

Louis Henri Loison 1771 - 1816

Nasceu em Damvillers, região de Meuse. A revolução leva-o a alistar-se em Junho de 1787 no batalhão auxiliar das colónias, mas abandona-o logo em Setembro do mesmo ano para voltar a 25 Janeiro de 1788 e no mesmo dia obtém a dispensa mediante pagamento. Em Setembro de 1791 recebe o posto de sub-tenente no regimento de voluntários do Meuse e no ano seguinte já é tenente.
Demonstra grande coragem em batalha, pelo que alguns meses depois é nomeado capitão de hussardos na legião do Norte e novamente a sua bravura permite-lhe ascender a chefe de brigada provisório, grau conferido pelo representante do povo em missão naquele departamento. Pouco depois recebe do comité de saúde pública o grau de general de brigada no exército de Rhin et Moselle.
Apesar de possuir talentos militares e uma audácia incomparável, o seu carácter sempre foi motivo de dúvidas, especialmente após a conquista da abadia de Orval, perto da fronteira com o Luxemburgo, onde participou activamente no saque que se seguiu e que lhe valeu ser presente a um tribunal que, estando na disposição de fazer dele um exemplo, se viu manietado por um comissário da convenção que o livrou das acusações e o reintegrou nas suas funções.
Apoiante de Napoleão na sua ascensão meteórica ao poder, está sob o seu comando na repressão da ressureição monárquica de 1795, presidindo mesmo ao tribunal militar subsequente. Marca presença em vários cenários por onde decorriam as campanhas, desde a Suíça, à Itália e mesmo na Alemanha, após a batalha de Austerlitz é nomeado para a grã cruz da Legião de Honra.
Mais uma vez se levantam voz contra o seu carácter (nomeadamente o marechal Ney), quando fica com a maior parte das contribuições de guerra impostas na Áustria, o que não impede de em 1808 já estar sob o comando de Junot no Exército de Portugal, dois anos antes perdera o braço esquerdo num acidente de caça e no nosso país fica conhecido como o "Maneta".
Regressa durante a 2ª invasão com a missão de proteger o flanco esquerdo das forças principais sob o comando de Soult, recebendo pouco depois um título de conde. Também está presente durante a 3ª invasão, sofrendo uma grave derrota no Buçaco. Chamado a participar na campanha da Rússia, organizou uma divisão em Koenisberg, mas Napoleão ordena posteriormente a sua prisão culpando-o de abandonar o seu posto em Vilna, levando à derrota dos seus homens.
Reintegrado durante a restauração, é reformado do serviço activo em 1815 e morre no ano seguinte, sem poder gozar o fruto de vários anos de pilhagens por toda a Europa. O seu nome está inscrito no Arco do Triunfo em Paris.