27.2.07

A Ópera em Portugal de 1790 a 1808.

A magnífica Ópera do Tejo, como era popularmente conhecida, Teatro Real do Paço da Ribeira de seu nome oficial abre as portas em Abril de 1755, situada entre o Terreiro do Paço e o Cais do Sodré, era das mais luxuosas e inovadoras do seu tempo, mas apenas 7 meses depois entra em colapso com o terramoto.
Em sua substituição, o Teatro de S. Carlos abre as portas ao público pela primeira vez a 30 de Junho de 1793, com a representação da obra La ballerina amante, da autoria de Domenico Cimarosa, um italiano, tal como todo o elenco. Aliás todo o panorama operático português estava dominado por nacionais deste país, o próprio espaço seguia a traça do La Scala de Milão, algo que só viria a mudar com a chegada dos franceses em 1807.
Mas nos primeiros anos relativamente calmos do século XIX, Lisboa era frequentada por cantores e autores que aí encontravam alguma tranquilidade, algo que rareava numa Europa em convulsão. Em 1801 o S. Carlos vivia uma das suas épocas mais brilhantes, possuíndo mesmo duas companhias permanentes - uma buffa, ou seja cómica, dirigida por Valentino Fioravanti e com algumas das grandes vozes do momento como a do baixo Giuseppe Naldi, ou da soprano Elisabetta Gafforini e outra seria dirigida por Marcos Portugal que contava com o "castrado" Girolamo Crescentini, a soprano Angelica Catalani e o tenor Domenico Mombelli.
Pena que a partir de 1805 um ou outro tenha regressado a Itália, embora a maioria tenha escolhido Londres para prosseguir as suas carreiras. Destaque para Angelica Catalani que nessa cidade canta três obras de Marcos Portugal, uma delas La morte de Semiramide e em particular a ária Son Regina, tornar-se-ia mesmo no seu "tema", cantando-o por diversas vezes.
Regressando a 1807, a missão dos franceses era essencialmente militar, mas uma ocupação / dominio não se faz apenas pela força das armas, a cultura também detinha um papel importante e o S. Carlos recebe um novo impulso. A Ópera era um excelente veículo para as ideias iluministas, e uma das primeiras peças estreadas baseava-se num texto de Stefano Vestris sobre a "Idade da Razão".
Este tipo de propaganda francesa está presente desde Portugal à Polónia, afinal eles não eram conquistadores, eram sim libertadores, vinham libertar os povos da opressão, do despotismo. Traziam consigo o progresso, uma nova sociedade, enfim a felicidade.

Tomé Rodrigues Sobral 1759 - 1829.

Lente de Química na Universidade de Coimbra, ficou conhecido como "mestre da pólvora", por ser um dos grandes impulsionadores do seu fabrico nos laboratórios ,onde normalmente leccionava e por apesar de todas as adversidades, nomeadamente a falta de matéria prima, conseguir produzir uma razoável quantidade e com qualidade elogiada por oficiais portugueses e ingleses.
Em 1809 assume novamente um papel de extrema importância ao desenvolver novos métodos de fumigação com gás muriático oxigenado nos edifícios públicos, combantendo eficazmente uma epidemia que assolou a cidade. Os franceses não lhe perdoaram os feitos e na terceira invasão, procuraram a sua casa e icendiaram-na.

26.2.07

O Passeio Público.

Na sequência do terramoto de 1755, surgiu uma oportunidade única para a reformulação do espaço urbano de Lisboa. Defenidas as áreas a reconstruir, o Marquês de Pombal e seus colaboradores reconheceram a necessidade de um espaço arborizado para recreio da população e onde a mesma se poderia refugiar em caso de nova catástrofe.
Traçado o plano da baixa, expropriaram-se terrenos situados para Norte, nomeadamente os que faziam parte das hortas da Mancebia e da Cera e também outros que eram pertença do conde de Castelo Melhor, correspondendo hoje em dia à Avenida da Liberdade. A construção iniciou-se em 1764 segundo plano de Reinaldo Manuel, mas nos seus primeiros anos de existência era descrito como um espaço pequeno e sombrio, basicamente um bosque com as àrvores dispostas de forma simétrica e intercaladas por estátuas, tudo rodeado por muros muito altos.
Não era um local muito atraente para a população que via nos muros e nas grades como que uma prisão, para além de que não existir animação no local e as entradas que eram para ser provisórias, feitas de madeira, lá iam permanecendo. Por tudo isto não era muito frequentado, apesar de ser o único espaço aberto e arborizado da cidade.
Claro que uma sociedade muito fechada, em que o elemento feminino permanecia fechado em casa como era de bom tom, não ajudava e foi preciso esperar por 1834 e por D. Fernando II para que novas obras o tornassem naquilo que sempre deveria ter sido, um espaço de eleição para o passeio das diversas classes sociais.
À data da chegada dos franceses a Lisboa, permanecia esse espaço quase esquecido e nem o facto de as ruas estarem cheias de lixo e os esgotos correram a céu aberto, fazia com que a população o procurasse para "respirar".

25.2.07

Louis Henri Loison 1771 - 1816

Nasceu em Damvillers, região de Meuse. A revolução leva-o a alistar-se em Junho de 1787 no batalhão auxiliar das colónias, mas abandona-o logo em Setembro do mesmo ano para voltar a 25 Janeiro de 1788 e no mesmo dia obtém a dispensa mediante pagamento. Em Setembro de 1791 recebe o posto de sub-tenente no regimento de voluntários do Meuse e no ano seguinte já é tenente.
Demonstra grande coragem em batalha, pelo que alguns meses depois é nomeado capitão de hussardos na legião do Norte e novamente a sua bravura permite-lhe ascender a chefe de brigada provisório, grau conferido pelo representante do povo em missão naquele departamento. Pouco depois recebe do comité de saúde pública o grau de general de brigada no exército de Rhin et Moselle.
Apesar de possuir talentos militares e uma audácia incomparável, o seu carácter sempre foi motivo de dúvidas, especialmente após a conquista da abadia de Orval, perto da fronteira com o Luxemburgo, onde participou activamente no saque que se seguiu e que lhe valeu ser presente a um tribunal que, estando na disposição de fazer dele um exemplo, se viu manietado por um comissário da convenção que o livrou das acusações e o reintegrou nas suas funções.
Apoiante de Napoleão na sua ascensão meteórica ao poder, está sob o seu comando na repressão da ressureição monárquica de 1795, presidindo mesmo ao tribunal militar subsequente. Marca presença em vários cenários por onde decorriam as campanhas, desde a Suíça, à Itália e mesmo na Alemanha, após a batalha de Austerlitz é nomeado para a grã cruz da Legião de Honra.
Mais uma vez se levantam voz contra o seu carácter (nomeadamente o marechal Ney), quando fica com a maior parte das contribuições de guerra impostas na Áustria, o que não impede de em 1808 já estar sob o comando de Junot no Exército de Portugal, dois anos antes perdera o braço esquerdo num acidente de caça e no nosso país fica conhecido como o "Maneta".
Regressa durante a 2ª invasão com a missão de proteger o flanco esquerdo das forças principais sob o comando de Soult, recebendo pouco depois um título de conde. Também está presente durante a 3ª invasão, sofrendo uma grave derrota no Buçaco. Chamado a participar na campanha da Rússia, organizou uma divisão em Koenisberg, mas Napoleão ordena posteriormente a sua prisão culpando-o de abandonar o seu posto em Vilna, levando à derrota dos seus homens.
Reintegrado durante a restauração, é reformado do serviço activo em 1815 e morre no ano seguinte, sem poder gozar o fruto de vários anos de pilhagens por toda a Europa. O seu nome está inscrito no Arco do Triunfo em Paris.

23.2.07

The Commissary 1.

Wellesley, tal como o próprio Napoleão, deu sempre uma grande importância ao comissariado encarregue dos abastecimentos. Em Cork, antes do embarque para a Península, foi uma das suas grandes preocupações ao constatar que não existiam carroças e animais em número suficiente, tentando requisitá-los de todo o lado e chegando mesmo a levar homens do comissariado irlandês, sem ter garantias de que teriam posteriormente as equipagens.
As suas instruções eram muito claras no que dizia respeito à conduta de oficiais e soldados em campanha - todo e qualquer alimento não fornecido peo exército deveria ser pago no local, para não se criarem atritos com a população local. O comissariado deveria garantir a recolha de alimentos da frota que seguia ao largo e de seguida criar depósitos para pelo menos 3 dias.
Claro que um oficial não comia o mesmo que um soldado, as rações não diferiam, mas o facto de os primeiros pertenceram a familias nobres, geralmente com algum dinheiro, permitia-lhes a aquisição de outros géneros alimentícios, que faziam variar a dieta. Certo é que em tempos de penúria, como durante um cerco, todos sofriam de igual modo.
Diariamente e com um comissariado a funcionar bem, cada soldado recebia cerca de 340 gramas de carne do osso e cerca de 250 gramas de pão ou biscoito. Era comum cozinhar-se os dois num género de guisado, a que se poderia juntar o que houvesse à disposição e daí extraiam-se duas refeições.
Sir John Kinkaid descreve por outro lado a messe dos oficiais: ao anoitecer 1 ficaria sempre de serviço ao campo do seu regimento, outro estava encarregue da mesa e como tal dirigia-se ao "talhante" regimental e tentava comprar as únicas coisas que eram permitidas - o coração, os rins e o fígado dos animais, de seguida dirigia-se ao comissariado,onde convinha ter boas relações, para conseguir uma dose extra de pão ou com alguma sorte umas garrafas de brandy. Os restantes oficiais sem deveres específicos para o dia passeavam-se pelos regimentos vizinhos e também pelas localidades próximas, nunca esqueçendo um dever fundamental - ter sempre na mente a sua messe e não perder uma oportunidade de a fornecer.

22.2.07

Corpo Expedicionário Britânico na Roliça.

Comandante em chefe:
Arthur Wellesley
Forças provenientes de Cork:
Line Infantry -
5th foot - 990 homens.
9th foot - 833 homens.
36th foot - 591 homens.
38th foot - 957 homens.
40th foot - 926 homens.
71st foot - 903 homens.
91st foot - 917 homens.
60th rifles - 936 homens.
95th rifles - 400 homens.
Cavalry -
20th light dragoons - 394 homens.
Divisão Spencer:
6th foot - 946 homens.
29th foot - 806 homens.
32nd foot - 874 homens.
50th foot - 948 homens.
82nd foot - 929 homens.
Mais 18 peças de artilharia e guarnições, que estreavam em batalha um novo tipo de granada a "schrapnel". Cada um dos regimentos foot, ou seja infantaria de linha, era composto por dois batalhões, mas só um entrava em campanha, ficando o outro de reserva em Inglaterra para colmatar as baixas.
O 95th rifles passava por uma reorganização e era dos poucos regimentos ligeiros que já dispunha da espingarda "Baker". A cavalaria era em número reduzido face à dificuldade em transportar cavalos para a Peninsula, muitas das montadas foram mesmo cedidas pela Junto do Porto, mas nem assim todos tinham montada.
No total estavam no campo cerca de 13.500 homens.



José Bonifácio de Andrada e Silva (1763 - 1838).

Nascido no seio de uma familia da aristocracia portuguesa em Santos, no Brasil, iniciou os seus estudos em casa e prosseguiu-os depois com o bispo de S. Paulo, Manuel da Ressureição, dono de uma vasta biblioteca. Como outros seus concidadãos com recursos, pôde em 1783 viajar para Coimbra, com o objectivo de ingressar na Universidade.
Formou-se em Filosofia e em Leis e aos 26 anos já era membro da Academia das Ciências de Lisboa, cujo fundador o Duque de Lafões o protege, lê alguns dos grandes autores do tempo, como Leibnitz, Montesquieu, Voltaire, Locke e também autores clássicos como Vírgilio. A recente independência dos EUA entusiasma-o, vê na mesma a derrota do monstro que era o despotismo. Dois campos suscitam o seu interesse, a Filosofia Natural e a Matemática.
Concentra aí a sua atenção e nomeadamente na História Natural e na Minerologia, revelando igualmente uma faceta de poeta ao publicar sob o pseudónimo de Américo Elísio. Em 1790 casa-se e é encarregue por D. Maria I de efectuar uma viagem científica pela Europa com o objectivo de recolher o máximo de informações nas áreas da Química, Mineralogia, geologia, exploração mineira e metalurgia. A escola de Freiberg vai exercer nele uma enorme influência.
Missão cumprida, em 1801 regressa a Portugal e ocupa o lugar de Lente de Metalurgia em Coimbra, é uma época de intensa actividade, chega mesmo a ocupar 11 cargos distintos, entre os quais - Membro do Tribunal de Minas; Intendente Geral das Minas e Metais do Reino; Superintendente do rio Mondego e Obras Públicas de Coimbra; etc. Fazia também regularmente comunicações na academia e publicou diversas monografias.
Poderia pensar-se que atingira o auge da sua carreira, mas não era assim, em Coimbra lutava por reformas que ninguém queria fazer, existia uma grande resistência a ideias inovadoras e a adminstração pública era lenta e ineficaz. Escreveu em 1806 ao Conde de Linhares seu amigo dizendo:
Estou doente, aflito e cansado e não posso com tantos dissabores e desleixos. Logo que acabe o meu tempo em Coimbra e obtenha a minha jubilação, vou deitar-me aos pés de S.A.R. para que me deixe acabar o resto dos meus cansados dias nos sertões do Brasil, a cultivar o que é meu.
Em 1807 tenta, como muitos outros portugueses, levar uma vida normal face às invasões francesas, mas presenciando actos de pura prepotência, foi dos primeiros no ano seguinte a alistar-se no Batalhão Académico, onde empregou os seus conhecimentos no fabrico de pólvora e cartuchos para mosquetes. Posteriormente volta a alistar-se como soldado e vai subindo na hierarquia até chegar ao posto de comandante de batalhão e em 1810 recebe ordens para guarnecer Peniche onde fica até ao final da 3ª invasão.
Regressa ao Brasil em 1819, com 56 anos, muito mudara desde a sua partida, mas algumas coisas continuavam na mesma, empenhou-se na resolução de dois desses problemas - a questão dos índios e a abolição da escravutura. Não os conseguiu resolver, empenha-se no entanto a fundo na independência da sua pátria e é hoje reconhecido como o seu Patriarca.
À data da sua morte a 6 de Abril de 1838, entre os escassos bens que deixava, contava-se um de grande importância, uma biblioteca com cerca de 6.000 volumes


21.2.07

O Tratado de Fontainebleau

Assinado a 27 de Outubro de 1807 pelo general Michel Duroc em representação do imperador de França e por D. Eugénio Lezaun representando o rei de Espanha, consagrava uma aliança entre os dois países e a resolução do que era considerado como o "problema português". No texto principal constavam 14 artigos, entre os quais:
Artigo 1 - Entregava a província de Entre o Douro e Minho com a cidade do Porto ao rei da Etrúria que tinha sido desapossado dos seus territórios em Itália.
Artigo 2 - O Alentejo e o Algarve formariam o Principado dos Algarves e seria entregue a Manuel Godoy.
Artigo 3 - As províncias da Beira, Trás os Montes e Estremadura, poderiam ser divididas entre os dois países depois da paz geral, mas também se poderiam devolver à Casa de Bragança por troca com Gibraltar, Trinidade, entre outras colónias conquistadas pelos ingleses. Neste último caso, o soberano ficaria dependente da Casa Real de Espanha.
No mesmo local e em resultado deste tratado foi assinado logo de seguida uma convenção secreta, destinada a organizar a expedição de conquista de Portugal. Ficou estabelecido que um corpo de 25.000 homens de infantaria e 3000 de cavalaria, poderia marchar por Espanha em direcção a Lisboa, seria acompanhado por 8.000 infantes, 3000 cavaleiros e 30 peças de artilharia do reino vizinho.
Ao mesmo tempo outros 10.000 espanhóis tomariam o norte e mais 6.000 encarregar-se-iam do Sul. O sustento das tropas estava ao cargo de Espanha, se bem que a tropa francesa fosse paga pelos cofres imperiais, de resto o designado comandante chefe francês, ficaria a controlar não só todo este exército, como todas as províncias, cujos impostos decretados reverteriam de igual modo a favor de França.
Outro corpo de 40.000 homens seria preparado, mas só seguiria caminho se as duas partes o aprovassem.

20.2.07

A divisão Delaborde na Roliça.

Primeira Divisão - Exército de Portugal, comandante em chefe:
Henri François Delaborde.
70éme regiment de ligne:
1º e 2º batalhões = 2359 homens.
1er regiment provisoire:
2º ligeiro - 3º batalhão = 1075 homens.
4º ligeiro - 4º batalhão = 1098 homens.
4éme regiment suisse:
1º batalhão = 985 homens.
1er regiment provisoire chevalerie:
26º caçadores - 4º esquadrão = 263 homens.
Mais 3 peças de artilharia e respectivas guarnições.

Na altura da batalha da Roliça, uma companhia de granadeiros de cada batalhão formavam a reserva que não estava presente, seis companhias de suíços haviam igualmente sido destacadas para a fortaleza de Peniche e tinha-se que contar com os doentes, o que perfazia cerca de 1500 homens a menos.
Foy escreveu que só cerca de 2500 franceses estiveram na batalha e Thiébault referiu 1900.
Os números de cima são apresentados por Oman que se baseou em relatórios do exército francês datados de Junho de 1808.

17.2.07

A granada "Shrapnel".

O nome deriva de Henry Shrapnel (1761-1842), um oficial de artilharia inglês que testava novos protótipos nos seus tempos livres. Depois de muitas tentativas, em 1784 chegou ao desenho final para uma granada cujo propósito inicial era o de permitir que os artilheiros se pudessem defender contra uma carga de cavalaria.
Consistia numa vulgar bola de ferro oca, cheia com balas de mosquete e pólvora a que se aplicava um rastilho mas, se tudo fosse bem calculado, a explosão e dispersão de projécteis ocorreria em frente ou sobre uma linha ou coluna de infantaria e ou cavalaria, com efeitos devastadores. Apesar de dispositivos semelhantes já serem usados, agora graças a esta nova concepção conseguiu-se aumentar o alcance efectivo para cerca de 1.100 metros.
Ficou conhecida inicialmente como "Spherical Case" e só em 1852 toma o nome por que hoje é conhecida, em 1803 já era empregue na artilharia, mas só em 1808 com o início da campanha peninsular é utilizada com maior regularidade. No Vimeiro e pela primeira vez em Portugal, as colunas de soldados franceses recebem as primeiras descargas desta arma e desmoralizadas são forçadas a retirar.





16.2.07

Henri François Delaborde 1764 - 1833.

Nascido em Dijon, filho de um padeiro, estudava para ser padre quando o apelo da revolução é mais forte e o leva a alistar-se, curiosamente no mesmo regimento a que pertencia Junot - o da Côte-D'or. Distingue-se desde a primeira hora subindo rapidamente na hierarquia e em 1793 após a batalha de Rhein-Zabern é promovido a general de brigada e governador da Córsega, mas não exerce o cargo partindo para o cerco de Toulon, onde mais uma sua acção é decisiva para o bom termo do combate.
Lutou na fronteira com Espanha, durante a campanha do Rossilhão, tendo aí o primeiro contacto com tropas portuguesas. A sua actividade como militar levou-o às diversas frentes do conflito napoleónico, onde a sua competência mais uma vez se evidência e em 1804, já general de divisão, é nomeado comandante da Legião de Honra e é-lhe também outorgado o título de conde.
Após um interregno de alguns anos por doença, em que desempenha funções na rectaguarda, volta ao serviço activo em 1807, recebendo o comando de uma das divisões do Exército de Portugal, sob o comando de Junot, exerce o cargo de governador militar de Lisboa e trava de forma brilhante a Batalha da Roliça contra as forças inglesas, muito superiores em número e comandadas por sir Arthur Wellesley.
Em 1809 está de volta durante a 2ª invasão, que não passa do norte do país, mesmo assim derrota forças portuguesas em Braga, capturando um grande número de canhões. De regresso a França, em 1812 toma parte na expedição da Rússia comandando uma divisão do corpo do Duque de Trévise. Em 1813 pelos bons serviços prestados é nomeado governador do Castelo de Compiégne.
Juntando-se a Napoleão durante os 100 dias, após a derrota de Waterloo, teve que enfrentar um tribunal marcial, ao qual escapou por a ordem de prisão mencionar Laborde e não Delaborde. Retirou-se então do serviço activo. O seu nome está inscrito no Arco do Triunfo em Paris do lado Oeste, simbolizando o seu último cargo sob Napoleão o de Governador das Divisões do Oeste.

Monumento Comemorativo da Batalha da Roliça.


15.2.07

A batalha da Roliça 2.

No Alto da Columbeira o general Delaborde tinha uma visão esplêndida sobre o campo de batalha, mas continuava sem o menor indício da aproximação de Loison, três das suas companhias de infantaria estavam no Bombarral, para encaminhar essa divisão, no entanto os ingleses retomavam o seu avanço e para já só poderia contar com os seus 4.500 homens.
Wellesley por seu lado, insistiu em repetir a manobra da manhã e mais uma vez o centro avançou lentamente, os regimentos de infantaria sob o seu comando receberam ordens para só disporem as unidades ligeiras que, ao iniciarem a escalada, receberam um intenso tiroteio vindo de cima. Nesta altura dá-se o episódio do coronel Lake, já descrito anteriormente e que forçou ao avanço geral de todos os restantes regimentos, cinco mil homens procuram então subir por todos os locais humanamente possíveis, com o 5th foot a avançar pelo Vale do Roto fazendo pressão na esquerda francesa, ao centro o 29th e o 9th foot e pela direita o 95th foot.
Os ataques em várias frentes não conseguem romper as linhas francesas que resistem grande parte da tarde, bem protegidos que estavam nas suas posições, mas a pouco e pouco a relação de forças começa a pesar na balança e os regimentos ingleses progressivamente aproximam-se do topo e ao ultrapassarem as estreitas gargantas deparam-se com espaços abertos onde podem formar as suas linhas de fogo. Finalmente a aproximação das alas ditou o que Delaborde já previra e novamente surge o sinal para a retirada.
Ao não receber os reforços por que desesperava, o seu plano saira frustado, Junot que deixara Lisboa encontrara-se sensivelmente ao início da tarde com Loison no Cercal, a uns meros 20km do local da batalha e onde se podia ouvir perfeitamente o troar dos canhões, mas a decisão foi a de levar esta divisão para Torres Vedras onde se reuniria o maior número de forças disponíveis e onde se traçaria um plano de campanha.
Sendo assim na Roliça e mais uma vez ordeiramente, os franceses retiram, a cavalaria colocada de reserva efectua algumas cargas controladas que impedem o avanço rápido dos ingleses, no entanto a poucas centenas de metros do Picoto situa-se a aldeia da Zambujeira, cujas ruas estreitas dificultam a passagem obrigando ao afunilamento de centenas de homens, aí uma retirada planeada e perfeitamente executada desorganiza-se, dando azo aos ingleses de capturarem a artilharia, as bagagens e mesmo alguns prisioneiros.
No casal da Esprega finda a perseguição, podendo Delaborde recuar então para o Bombarral, fazendo a junção com as companhias aí colocadas e continuando na direcção de Lisboa, no dia seguinte já estava em Montachique quando chegou a ordem para voltar para Torres Vedras.
Pelas 5 horas da tarde tinham findado todos os combates do dia, os franceses haviam perdido 600 a 700 homens, entre mortos, feridos e prisioneiros, bem como bastante material, incluíndo os três canhões que tinham levado para a batalha. Já os ingleses perderam 474 homens, Wellesley não foi mais longe nesse dia apesar da sua clara vitória no campo, pois ainda havia o receio de ver aparecer Loison e de um contra ataque francês apanhar desprevenidas as suas forças.
Nessa noite os seus pouco mais de 13.000 homens, bivacaram em formação de combate preparados para tudo, mas sem novidade, no dia seguinte retomaram o avanço para Sul.

14.2.07

Os franceses em Lisboa 1.

A longa marcha desde Baiona estava quase no seu fim, a 29 de Novembro de 1807 Junot chega a Sacavém ao anoitecer, aí resolvendo pernoitar e receber as três deputações enviadas ao seu encontro, pelo conselho de regência, pelos comerciantes e pela maçonaria, que lhe asseguraram que em Lisboa tudo estava calmo.
Entra na cidade pela porta de Arroios às 9 horas da manhã do dia 30, mas desta vez não consegue fazê-lo de forma triunfal. Os populares que apesar do mau tempo se tinham concentrado no local, esperando ter um vislumbre daqueles "gigantes" que faziam tombar impérios europeus, mandam piadas ao ver apenas cerca de um milhar de homens esfarrapados, sujos de alto a baixo, com os pés a sairem das botas e tão famintos que não caminhavam - arrastavam-se.
O conde de Novion que era um emigrado francês e que comandava o corpo de polícia, ofereceu logo os serviços dos esquadrões de cavalaria aí presentes para prestarem as honras militares, dando descanso a esses soldados, sendo com essa escolta que Junot é conduzido pelo Intendente, Mouraria e Rossio até chegar a Belém, de onde corre para a bateria do Bom Sucesso, deixando ordens claras ao artilheiros para dispararem sobre toda e qualquer embarcação que tentasse sair da barra do Tejo. Depois disso só a galera Chocalho o consegue fazer.
Os lisboetas não recebem logo em clima de revolta os franceses, tal como no resto do país, sentem-se abandonados pelas classes dirigentes e em certos circulos de uma burguesia literada fortemente adepta do iluminismo, a ideia que de França vinha alguém que pudesse reformar um território caído no marasmo e a atravessar uma grave crise económica, é por muitos acarinhada. Os que falavam francês chegam mesmo a confraternizar nos cafés e, principalmente no Nicola que já era um ninho dos ideiais progressistas, com os oficiais que chegavam e sonhavam com uma possível constituição portuguesa outorgada por Napoleão.
Quanto a Junot, resolvidas as primeiras questões, faltava decidir quais seriam os seus aposentos, recusou os que lhe foram fornecidos pelo conselho de regência no palácio da Bemposta, preferindo alojar-se naquele que era o mais rico da capital propriedade do barão de Quintela, situado na rua do Alecrim, de onde estava a uma curta distância do Rossio onde gostava de assistir às paradas militares. Exigiu ainda que o senado do município lhe pagasse 12.500 cruzados mensalmente para fazer face às despesas.
Thiébault que era o número 2 da hierarquia, alojou-se no palácio Ratton a expensas do seu proprietário e Delaborde, que ficou como comandante miltar da capital, aloja-se em casa de António de Araújo Azevedo, que tinha partido com a corte para o Brasil. Há que referir que todos os oficiais tinham direito de alojamento e aquecimento em casas particulares, basicamente escolhiam a que mais lhes agradava e aí se instalavam, o que como é normal, nem sempre era do agrado dos seus proprietários, ainda para mais quando lhes era exigido também a alimentação.
A restante soldadesca ficou em aquartelementos já existentes como os de Alcântara e de Belém, mas também no castelo de S. Jorge de onde foram expulsos os alunos da Casa Pia e nas fortalezas de S. Julião e Búgio. A grande maioria dos cerca de 10.000 estacionados em permanência, ficou em conventos requisitados para o efeito: Carmo, S. Domingos, Camilos, Jesus, Caetanos e Inglesinhos.
Para tratar dos doentes que afluíam em grande número e apesar das más condições oferecidas pelos hospitais militares, foi decidido utilizar os do convento do Beato (ou da Corte), o da Estrela e o da Marinha (quase vazio, dado que todos os efectivos tinham sido chamados para a viagem da família real). O convento da Graça e o hospital de S. José ficaram como unidades de apoio.
Os homens que iam chegando, ficavam a aguardar a reorganização do seu regimento, entretanto recebiam novos equipamentos, uma vez que as oficinas estavam a trabalhar em exclusivo para isso. Após um período de descanso, seguiam para as zonas consideradas de extrema importância para a defesa da capital como a fortaleza de Peniche, o convento de Mafra, etc.
Lisboa era como que o espelho do país, pobre, suja e desorganizada, animais de pequeno e grande porte vagueavam pelas ruas onde o lixo se acumulava, bem como todo o género de àguas inquinadas. A iluminação pública não existia, pelo que todos concordavam que sair de casa de noite só em caso de extrema urgência e o melhor era levar uma arma.
Acúrcio das Neves no meio do ódio que nutria pelos franceses, reconheceu que os mesmos pelo menos ao mandarem limpar as ruas, organizarem patrulhas de polícia e iluminarem certas ruas, melhoraram o ambiente da cidade,tornando-a mais segura e o ar mais respirável

Marcos António Portugal

Lisboa 4 de Março de 1762 - Rio de Janeiro 1830.
Aluno do compositor João de Sousa Carvalho, aos 21 anos já era organista na Sé Patriarcal em Lisboa e aos 23 é nomeado mestre do Teatro do Salitre, onde as suas melodias se tornam bastante populares chamando a atenção da corte, que lhe encomenda obras religiosas para a Sé e para o Palácio de Queluz.
Com a sua fama a crescer, consegue do monarca uma bolsa de estudo para Itália, onde reside de 1762 a 1800, fixando-se sobretudo em Nápoles, compondo algumas óperas de estilo italiano, entre outras obras.
De volta a Portugal é nomeado mestre da Capela Real e do Teatro de S. Carlos, em 1804 priva com o general Lannes, então embaixador de França na corte e que lhe encomenda um solene Te Deum em honra da coroação de Napoleão. Talvez por isso em 1808 resolve permanecer em Lisboa, e a 15 de Agosto proporciona a Junot o seu último momento de lazer no nosso país. Esse era o dia do aniversário do Imperador e os franceses queriam uma grande comemoração solene em S. Carlos, pelo que Marcos Portugal lembrando-se de uma peça escrita anos antes com o título de Demofoonte, cujo libreto ressalta actos corajosos, escreveu nova música e levou-a à cena nesse dia.
Após a derrota, é obrigado a penitenciar-se e sendo um dos mais brilhantes compositores do seu tempo, não lhe causa muitas agruras a partida dos franceses e num ambiente de alto fervor patriótico em 1808 compõe a obra La speranza o sia l'augurio felice, cuja parte final é posteriormente adoptada como hino nacional até 1834, tomando o nome de Hino do Príncipe e mais tarde Hino de D. João VI.
Em 1810 tudo muda novamente na sua vida, surgem novas acusações de jacobinismo, num cenário em que à menor denúncia as pessoas eram ostracizadas ou mesmo perseguidas, o que o leva a embarcar para o Rio de Janeiro onde é bem recebido pela corte e onde tudo lhe é perdoado podendo prosseguir a sua carreira.
Doente em 1821 é forçado a permanecer no Brasil, não acompanhando o monarca de volta a Lisboa, perde todas as regalias que até então usufruia e morre em casa da marquesa de Aguiar que o acolhera, pobre e esquecido pela maioria.
Deixou uma importante obra celebrada em Itália, França e Inglaterra, não será então tempo de olharmos pelos nossos autores, de termos uma verdadeira política de cultura que incentive a sua divulgação, em vez de andarmos a reboque do que meia dúzia de pessoas instaladas gostam e que pouco ou nenhum público conseguem atrair aos teatros?

13.2.07

A batalha da Roliça.

Ao receber notícias do desembarque dos ingleses em Lavos, o general Junot é forçado a reagir imediatamente, sabendo que grande parte do país foge ao controlo das suas forças estabelece como prioridade o combate aos ingleses. As forças portuguesas apesar de já apresentarem um número considerável, estão mal treinadas e mal equipadas, sem apoio externo não seriam grande rival para os franceses.
Cabe ao general Delaborde a missão de vigiar o avanço para Sul do inimigo, sendo despachado com a sua divisão de cerca de 4.500 homens para a zona de Alcobaça, tem igualmente a incumbência de retardar e se possível mesmo travar a progressão, recebendo para isso o apoio da divisão Loison que entretanto regressava do Alentejo.
No caminho, ao atravessar a zona Oeste depara-se com o terreno ideal para a manobra que tinha em mente e resolve montar o seu dispositivo, pois o terreno à volta de Alcobaça não se afigura promissor para o que tinha em mente. O vale no qual está inserida a cidade das Caldas da Rainha é entrecortado por algumas elevações, numa das quais se ergue a vila de Óbidos, 5km para sul da qual a planura do terreno é bruscamente interrompida pelos altos da Columbeira, uma formação rochosa, qual fortaleza natural com passagens muito estreitas até ao cimo. É claramente visivel do alto das muralhas, tendo para Oeste o mar e para Este um terreno muito acidentado que se prolonga até à serra do Montejunto.
As aldeias da Roliça e da Columbeira ficam no seu sopé, existindo ainda muitas linhas de àgua e outras pequenas elevações até se chegar ao seu topo, que uma vez atravessado nos leva a outra aldeia, a Zambujeira e daí estamos a curta distância do Bombarral (cerca de 5 km).
Sensivelmente a meio caminho entre os altos da Columbeira e Óbidos existe uma pequena elevação sendo precedida por um pequeno ribeiro e tendo no topo um moinho, aí se colocaram algumas unidades francesas bem visíveis para o general Wellesley, que do alto do Moinho do Facho as observava desde os primeiros raios de sol do dia 17 de Agosto de 1808.
As ordens de batalha são transmitidas sem perda de tempo, Wellesley em pessoa comanda o centro do exército inglês com 3 brigadas de infantaria, mais 400 cavaleiros e 1 regimento de caçadores portugueses na rectaguarda, pela sua esquerda avança o major general R. Ferguson e o brigadeiro B. Bowes com 2 brigadas (já precavendo um possível ataque de flanco por parte de Loison) e pela direita avança o coronel Nicolas Trant com as forças portuguesas - 3 batalhões e 50 cavaleiros.
A ideia era efectuar uma manobra de cerco aos franceses, tendo para isso as forças que estavam no centro demorado bastante tempo a iniciar a marcha, fazendo rumbar os tambores e desfraldando ao vento as suas insígnias, nas palavras de Foy, uma magnifíca produção de uniformes vermelhos bem ordenados e armas que reluziam ao sol:
Havia neste espectáculo algo que impressionava a imaginação dos jovens soldados, que até então só tinham bandos de revoltosos.
Trocaram-se os primeiros tiros com baixas para ambos os lados, mas no momento certo Delaborde ordena a retirada, podia ver da sua posição as alas que o começavam a cercar e ordeiramente, numa manobra previamente estudada, batalhão a batalhão retrocede disparando as suas armas de forma a que os ingleses não possam persegui-los de perto.
Wellesley ao conquistar a posição percebe então a verdadeira intenção do seu opositor, na sua frente estão as escarpas do Alto da Columbeira. Toda a manhã fôra perdida nesta primeira refrega e agora a manobra tinha que ser repetida.
Algo preocupa no entanto Delaborde, desta nova posição bastante elevada consegue avistar o Montejunto e por consequência a estrada que vinha do Cercal, mas de Loison nem sinal, dispõe na mesma as suas forças abrigadas por muros, arbustos ou mesmo rochas, protegendo assim as estreitas gargantas que permitem a caminhada até ao topo

Maximilien Foy

Nascido a 3 de Fevereiro de 1775 em Ham, região do Somme, Foy desempenha um papel muito sifnificativo durante a primeira invasão francesa. Combatente da revolução desde a primeira hora, distingue-se em diversos campos de batalha, mas a sua crença nos princípios republicanos vale-lhe alguns dissabores, nomeadamente a recusa da sua promoção a general em 1804 após se ter oposto à ascensão de Napoleão.
Era um homem culto que nos intervalos proporcionados pelo tratados de paz, aproveitou para concluir os estudos de Direito Público e História Moderna. Servindo-se deles defendeu o general Moreau aquando da conspiração monárquica de Cadoudal, enfurecendo o imperador e só escapando de ser preso, porque entretanto tinha-se alistado no exército que ocupava a Holanda.
Em 1806 casa-se com a filha do general Baraguay D'Hilliers, um alto dignatário do Império e que consegue a sua nomeação para o exército encarregue de incorporar Veneza e seus territórios no reino de Itália, depois em 1807 parte para a corte de Istambul, onde organiza a artilharia turca nos dardanelos, impedindo o ataque de uma frota britânica.
Após a morte do Sultão Selim III e a recusa dos janíssaros em acatar ordens de comandantes franceses, regressa à pátria, onde estando em preparação o exército de ocupação de Portugal, é-lhe confiado o comando da artilharia.
No nosso país o seu profissionalismo e a forma como lidera a sua arma perante o descalabro do restante exército, fazem com que finalmente seja promovido a general. Até ao fim do período Napoleónico tem uma carreira sempre em ascensão, cotando-se como um dos grandes comandantes da sua época, mas mais importante para a História foram as suas memórias, escritas de com um sentido crítico que é raro notar em outros autores.
Não se desligando da sobranceria com que os franceses tradicionalmente olham os povos peninsulares, descreve toda a primeira invasão, mencionando inclusive as pilhagens ocorridas e dando tanto quanto possível os números mais exactos que pôde encontrar dos exércitos em confronto. É mais uma visão dos acontecimentos, mas desta vez do lado francês.


Visita aos locais da 1ª Invasão.

A Associação dos Amigos dos Castelos vai promover uma visita guiada com a duração de 1 dia a alguns dos lugares que fizeram a história da 1ª invasão francesa. Será no dia 10 de Março, com partida de Lisboa e todos os interessados poderão recolher mais informações no site www.amigosdoscastelos.org.pt
No dia 17 de Março ocorrerá outra, desta vez sob a égide da Associação de Defesa do Património de Óbidos com a colaboração de diversas outras entidades, ambas as visitas serão orientadas pelo Dr. Pedro Fiéis e pelo Dr. João Tormenta. Para mais informações está disponível o mail aureahistorica@clix.pt, após cada contacto faremos seguir o programa e o custo da viagem.