11.6.07

A Doutrina dos Exércitos Franceses após a Revolução 2.

O melhor exemplo para o que acabou de ser descrito no artigo anterior é a campanha da Prússia de 1806 e particularmente as batalhas de Iena e Austertadt. Napoleão reunira rapidamente um Grande Armée de 180.000 homens, dividiu-o em três colunas com dois corpos cada.
A cavalaria e a guarda imperial acompanhavam o avanço da coluna do meio e uma divisão de bávaros a coluna da direita. Desconhecendo a posição exacta do inimigo, mas confiante que ao levar a batalha para campos alemães saíria vencedor, estende a sua frente por 200 km, encurtando-a na passagem pela floresta da Turíngia para 45km, para depois a alongar novamente para 65km.
Tudo isto serviu para confundir os prussianos que foram obrigados a dispersar o seu dispositivo para não descurarem nenhuma das possíveis rotas que os franceses poderiam seguir. Quando as patrulhas reportam a presença do inimigo junto do seu flanco esquerdo, Napoleão reúne 145.000 homens para atacar nesse ponto, conseguindo a tal superioridade numérica decisiva e com isso destruíndo uma parte significativa do inimigo em Iena.
Um só corpo, destacado da massa de tropas, conseguira entretanto reter uma força muito superior de prussianos, que tentava desesperadamente acorrer ao local da batalha principal. Não só não o conseguiram, como no dia seguinte em Austertadt foram completamente derrotados.
A mobilidade defendida por Guibert foi comprovada, quando apenas 33 dias depois de iniciada a campanha, os franceses ocuparam Berlim e aniquilaram o exército da Prússia. No total esta guerra durou 7 semanas.