Porque ambos não devem deixar de ser feitos.
Aqui há dias consultando a agenda cultural de Torres Vedras, reparei que 2 entidades iriam organizar um "vasto" programa relacionado com as Invasões Francesas, que incluía uma conferência, um concerto da Banda da GNR e uma visita a Elvas e a Olivença?!?!
Quanto à vastidão ficou logo arrumada, depois a conferência mereceu-me críticas e muitas, mas guardo-as para mim, prefiro o elogio de cada vez mais as pessoas estarem conscientes da importância deste período e procurarem com estas iniciativas a sua divulgação. Pena é que não se preocupem com as escolas, ou mesmo com a população em geral e que a mesma meia dúzia do costume esteja presente neste tipo de eventos.
O passeio é para mim de tal modo absurdo procurá-lo integrar nesta vastissíssima programação, que não mais lhe darei importância.
O que mais faz vir ao de cima a minha veia crítica é o facto de a banda da GNR dar um concerto, não sendo por aí que a coisa corre mal, antes pelo contrário, é a este tipo de iniciativas que normalmente mais gente acorre e por isso devem ser estimuladas.
No entanto ao consultar o programa, constato que mais uma vez os autores não portugueses tomam a primazia e que com a excepção de Tchaikovsky, nenhum deles é contemporâneo dos acontecimentos. Então este não passa de mais um concerto e só figura no vastíssimo programa para fazer número.
Uma simples pesquisa faria ver aos senhores da organização que existem muitos e bons autores no período, portugueses e não só e que no interesse, até de se fazer o retrato da época, por aí se deveria começar.
Uma última nota, as 4 invasões de Portugal começaram em Novembro de 1807, prolongando-se o período de luta até 1814. Porquê comemorar-se só 1810 e a terceira invasão que constituí apenas um dos episódios desta guerra? Porquê continuar a ignorar as outras 3 invasões?
Nada de importante se terá passado?