13.2.07

Maximilien Foy

Nascido a 3 de Fevereiro de 1775 em Ham, região do Somme, Foy desempenha um papel muito sifnificativo durante a primeira invasão francesa. Combatente da revolução desde a primeira hora, distingue-se em diversos campos de batalha, mas a sua crença nos princípios republicanos vale-lhe alguns dissabores, nomeadamente a recusa da sua promoção a general em 1804 após se ter oposto à ascensão de Napoleão.
Era um homem culto que nos intervalos proporcionados pelo tratados de paz, aproveitou para concluir os estudos de Direito Público e História Moderna. Servindo-se deles defendeu o general Moreau aquando da conspiração monárquica de Cadoudal, enfurecendo o imperador e só escapando de ser preso, porque entretanto tinha-se alistado no exército que ocupava a Holanda.
Em 1806 casa-se com a filha do general Baraguay D'Hilliers, um alto dignatário do Império e que consegue a sua nomeação para o exército encarregue de incorporar Veneza e seus territórios no reino de Itália, depois em 1807 parte para a corte de Istambul, onde organiza a artilharia turca nos dardanelos, impedindo o ataque de uma frota britânica.
Após a morte do Sultão Selim III e a recusa dos janíssaros em acatar ordens de comandantes franceses, regressa à pátria, onde estando em preparação o exército de ocupação de Portugal, é-lhe confiado o comando da artilharia.
No nosso país o seu profissionalismo e a forma como lidera a sua arma perante o descalabro do restante exército, fazem com que finalmente seja promovido a general. Até ao fim do período Napoleónico tem uma carreira sempre em ascensão, cotando-se como um dos grandes comandantes da sua época, mas mais importante para a História foram as suas memórias, escritas de com um sentido crítico que é raro notar em outros autores.
Não se desligando da sobranceria com que os franceses tradicionalmente olham os povos peninsulares, descreve toda a primeira invasão, mencionando inclusive as pilhagens ocorridas e dando tanto quanto possível os números mais exactos que pôde encontrar dos exércitos em confronto. É mais uma visão dos acontecimentos, mas desta vez do lado francês.