Nascido em Dijon, filho de um padeiro, estudava para ser padre quando o apelo da revolução é mais forte e o leva a alistar-se, curiosamente no mesmo regimento a que pertencia Junot - o da Côte-D'or. Distingue-se desde a primeira hora subindo rapidamente na hierarquia e em 1793 após a batalha de Rhein-Zabern é promovido a general de brigada e governador da Córsega, mas não exerce o cargo partindo para o cerco de Toulon, onde mais uma sua acção é decisiva para o bom termo do combate.
Lutou na fronteira com Espanha, durante a campanha do Rossilhão, tendo aí o primeiro contacto com tropas portuguesas. A sua actividade como militar levou-o às diversas frentes do conflito napoleónico, onde a sua competência mais uma vez se evidência e em 1804, já general de divisão, é nomeado comandante da Legião de Honra e é-lhe também outorgado o título de conde.
Após um interregno de alguns anos por doença, em que desempenha funções na rectaguarda, volta ao serviço activo em 1807, recebendo o comando de uma das divisões do Exército de Portugal, sob o comando de Junot, exerce o cargo de governador militar de Lisboa e trava de forma brilhante a Batalha da Roliça contra as forças inglesas, muito superiores em número e comandadas por sir Arthur Wellesley.
Em 1809 está de volta durante a 2ª invasão, que não passa do norte do país, mesmo assim derrota forças portuguesas em Braga, capturando um grande número de canhões. De regresso a França, em 1812 toma parte na expedição da Rússia comandando uma divisão do corpo do Duque de Trévise. Em 1813 pelos bons serviços prestados é nomeado governador do Castelo de Compiégne.
Juntando-se a Napoleão durante os 100 dias, após a derrota de Waterloo, teve que enfrentar um tribunal marcial, ao qual escapou por a ordem de prisão mencionar Laborde e não Delaborde. Retirou-se então do serviço activo. O seu nome está inscrito no Arco do Triunfo em Paris do lado Oeste, simbolizando o seu último cargo sob Napoleão o de Governador das Divisões do Oeste.