3.5.07

A Europa em 1807.

A batalha naval ao largo de Trafalgar, Espanha, em 1805, constitui um sério revés para os planos de Napoleão Bonaparte, que desde o ano anterior era o Imperador dos franceses. Uma invasão das ilhas britânicas fica posta de parte e o domínio dos mares pende definitivamente para o lado inglês.
Por oposição no continente tudo corre pelo melhor, ainda em 1805 Ulm e Austerlitz são vitórias retumbantes para os exércitos franceses, forçando austríacos e russos a negociarem a paz e ingleses e suecos a estacarem os seus planos para a guerra. Assim se acabou com a terceira coligação.
1806 é um ano de consolidação de posições, novamente Inglaterra que resistia só ao domínio francês, consegue a formação de uma quarta coligação, financiando os exércitos da Prússia, da Saxónia e da Rússia. O que estes países não tinham aprendido então era a forma de contrariar as tácticas de Napoleão. Um avanço rápido apanhou estes exércitos sem os efectivos completos e sem poderem fazer a junção, Jena e Austertadt são vitórias que abrem o caminho para Berlim.
A campanha é muito rápida, a 8 de Outubro inicia-se a invasão, a 14 são as vitórias e a 24 já Napoleão está no palácio dos Hohenloe em Berlim. Um mês depois o derradeiro exército prussiano rende-se em Lubek, forçando Frederico Guilherme III a refugiar-se na Rússia em busca de santuário.
Restava precisamnente este país, mas a aproximação do inverno parecia não permitir o continuar das hostilidades, no entanto, tentando um golpe de sorte, o comandante russo Benningsen aproximou as suas forças de Napoleão, provocando a batalha de Eylau, uma das mais sangrentas do período napoleónico. Em Friedland, nova vitória francesa dita o fim desta campanha, o Tsar russo devastado pela rapidez com que tinha sido derrotado, encontra-se com Napoleão no meio do rio Niemen dando origem ao famoso tratado de Tilsit.
Casa arrumada, ou seja, derrotada a Prússia, é formada a Confederação do Reno, união de estados pró francesa, é decretado o Bloqueio Continental e é estabelecida uma aliança com a Rússia. O que restava a Napoleão?
Bem, restava a questão ibérica e em 1807, o imperador dos franceses queria resolvê-la de vez, relembre-se que a mesma estava pendente desde 1793, data da Campanha do Rossilhão.