Assinado a 27 de Outubro de 1807 pelo general Michel Duroc em representação do imperador de França e por D. Eugénio Lezaun representando o rei de Espanha, consagrava uma aliança entre os dois países e a resolução do que era considerado como o "problema português". No texto principal constavam 14 artigos, entre os quais:
Artigo 1 - Entregava a província de Entre o Douro e Minho com a cidade do Porto ao rei da Etrúria que tinha sido desapossado dos seus territórios em Itália.
Artigo 2 - O Alentejo e o Algarve formariam o Principado dos Algarves e seria entregue a Manuel Godoy.
Artigo 3 - As províncias da Beira, Trás os Montes e Estremadura, poderiam ser divididas entre os dois países depois da paz geral, mas também se poderiam devolver à Casa de Bragança por troca com Gibraltar, Trinidade, entre outras colónias conquistadas pelos ingleses. Neste último caso, o soberano ficaria dependente da Casa Real de Espanha.
No mesmo local e em resultado deste tratado foi assinado logo de seguida uma convenção secreta, destinada a organizar a expedição de conquista de Portugal. Ficou estabelecido que um corpo de 25.000 homens de infantaria e 3000 de cavalaria, poderia marchar por Espanha em direcção a Lisboa, seria acompanhado por 8.000 infantes, 3000 cavaleiros e 30 peças de artilharia do reino vizinho.
Ao mesmo tempo outros 10.000 espanhóis tomariam o norte e mais 6.000 encarregar-se-iam do Sul. O sustento das tropas estava ao cargo de Espanha, se bem que a tropa francesa fosse paga pelos cofres imperiais, de resto o designado comandante chefe francês, ficaria a controlar não só todo este exército, como todas as províncias, cujos impostos decretados reverteriam de igual modo a favor de França.
Outro corpo de 40.000 homens seria preparado, mas só seguiria caminho se as duas partes o aprovassem.