Se uma constante houve ao longo da primeira invasão, essa constante foram as requisições. Noutro capitulo já foi referido que o exército francês dependia de si próprio para se abastecer, mas os seus generais levavam um pouco mais longe essa directriz.
O general Loison exigiu dos monges de Alcobaça uma entrega semanal de 12 garrafas de vinho do porto, doces diversos, 3 garrafas de vinho da madeira, 6 arráteis de velas de cera, café, 2 presuntos, 6 galinhas e 3 perus, 6 dúzias de ovos, e 12 arráteis de açucar. Se conseguia comer tudo no espaço de uma semana não o sabemos.
O general Loison exigiu dos monges de Alcobaça uma entrega semanal de 12 garrafas de vinho do porto, doces diversos, 3 garrafas de vinho da madeira, 6 arráteis de velas de cera, café, 2 presuntos, 6 galinhas e 3 perus, 6 dúzias de ovos, e 12 arráteis de açucar. Se conseguia comer tudo no espaço de uma semana não o sabemos.
Curioso era o caso de outro general, Thomiéres que tinha a seu cargo a fortaleza de Peniche, nessa condição exigia do mesmo mosteiro 228 móios e 6 alqueires de trigo, cevada e legumes. Mas estes abstecimentos não chegavam à guarnição, eram por ele vendidos no mercado local a preços mais baixos, garantido-lhe um escoamento do produto.
Junot pouco depois de se instalar em Lisboa, ordenou que fosse elaborada uma lista com todos os comerciantes e os seus rendimentos, após o que a cada um foi cobrada uma percentagem, servindo esse dinheiro para pagar algumas outras requisições, como sapatos para a tropa, vinho, etc. Nos primeiros meses pagaram em parte ou na totalidade aquilo de que necessitavam, depois e conforme se pode ver em documentos do arquivo histórico militar, avolumavam-se as queixas de pessoas cuja dívida não parava de crescer.
Escusado será dizer que após a derrota nada foi pago, mas a pior requisição foi a do ouro e da prata das igrejas, para a cunhagem de moedas, tendo escapado uma autêntica fortuna para França.