tag:blogger.com,1999:blog-332704072024-03-20T07:08:34.749+00:00Guerra Peninsular - As Invasões Francesas.A zona oeste de Portugal é riquíssima em termos de presença humana, desde tempos que se perdem na memória. Mas poder-se-á efectivamente falar numa identidade oestina? Ou será que somos nós que vamos construindo, mesmo nos dias de hoje essa mesma identidade. Também há quem diga que estaremos cada vez mais a perdê-la....Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comBlogger122125tag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-44806129953320327702008-06-16T21:58:00.002+01:002008-06-16T22:06:39.976+01:00Visita aos locais da Primeira Invasão.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;">Ora aqui estão os detalhes da visita, que afinal irá ocorrer no dia 19 de Julho, outro sábado. A organização resulta de uma parceria entre os Arquivos Municipais de Óbidos e a Associação para a Defesa e Divulgação do Património de Torres Vedras.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;">Informações adicionais podem ser obtidas nos postos de Turismo de Óbidos e de Torres Vedras, a partir do dia 23 de Junho, data em que se abrem igualmente as inscrições. Nesse dia farei um novo post com as mesmas, deixando o mail <a href="mailto:aureahistorica@gmail.com">aureahistorica@gmail.com</a> à disposição para quem o desejar.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;">O programa ocupa todo o dia, inclui transporte, almoço e explicações detalhadas nos locais a visitar. Será ainda distribuída pelos participantes uma brochura com um resumo dos acontecimentos.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-19627967563852624252008-06-04T11:39:00.002+01:002008-06-04T11:48:27.496+01:00Novidades.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Depois de tanto tempo sem novidades, elas aqui estão. O livro sobre a Primeira Invasão que estou a escrever, ainda está em fase de investigação, não creio que o possa editar ainda este ano, mas logo se vê, o problema como sempre também depende da disponibilidade financeira das instituições que nos apoiam.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Entretanto continuo a participar em visitas aos campos de batalha das Invasões Francesas e a próxima que resulta de uma parceria entre a Associação de Defesa do Património de Torres Vedras e os Arquivos Municipais de Óbidos vai decorrer no dia 12 de Julho, um sábado.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">O programa ainda tem uns pormenores por limar, mas não deverá fugir muito a isto: às </span><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">9h, concentração junto ao Museu Municipal em Torres Vedras, depois partiremos para a Roliça e terminaremos no Vimeiro, junto ao monumento. As inscrições decorrerão no Turismo em Torres Vedras.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Assim que possuir os detalhes definitivos farei um novo post.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;"></span> </div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-25873109545241091392007-11-19T20:10:00.000+00:002007-11-19T20:25:26.211+00:00Interregno.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:78%;">Já há algum tempo que com outro colega preparo a segunda edição de um livro sobre a Primeira Invasão, desse modo e como agora os trabalhos vão recomeçar a bom ritmo tendo em vista o objectivo de o ter publicado em Agosto de 2008, o blog não só vai ficar para segundo plano como vou começar a retirar alguns dos seus conteúdos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:78%;">Um dos objectivos ao iniciar um projecto como este, sempre foi o de posteriormente dar um salto para uma página web, que permite outro género de interactividade e um alargar ainda mais do âmbito a que me propus inicialmente.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:78%;">Não quer isso dizer que o blog vai pura e simplesmente desaparecer, serão aqui divulgadas todas as iniciativas por nós organizadas, ou outras se assim nos for solicitado e principalmente as visitas guiadas aos campos de batalha e não só, das Invasões Francesas, terão sempre grande destaque. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:78%;">Em breve iniciaremos mesmo um serviço regular de visitas para grupos de 8 pessoas no mínimo, principalmente centrados na região Oeste, mas com possibilidade de extensões a Almeida e Buçaco, Elvas e Albuera, Porto e Leiria.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:78%;">O mail <a href="mailto:aureahistorica@gmail.com">aureahistorica@gmail.com</a>, continuará à disposição para quem quiser entrar em contacto.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-76512378101969052292007-10-25T22:59:00.000+01:002007-10-25T23:33:05.886+01:00Almeida e Buçaco.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:78%;">Cumpriu-se nos dias 20 e 21 do corrente mês de Outubro, a visita a que aqui foi feita menção, inserindo-se neste caso no âmbito da terceira invasão, isto para não estarmos sempre a falar da primeira, afinal qualquer das 4 é muito interessante.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:78%;">Primeiro visitou-se a vila fortificada de Almeida, tendo o grupo participante a oportunidade de ver ou rever, conforme os casos, os locais mais emblemáticos, desde as casamatas aos diversos baluartes e com menções igualmente importantes a alguma arquitectura civil.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:78%;">Constata-se mais uma vez como o nosso património é tão mal preservado e que restará mais do que isso a uma lodalidade de interior? Gostaria de no entanto destacar o esforço de reconstrução patente no agora designado Picadeiro D'el Rey, um exemplo que deveria ser seguido em mais locais, não só de Almeida como do país. Não ficou esquecida a ponte sobre o Côa, onde a "Light Division" enfrentou uma das suas maiores provações e depois ainda houve tempo para uma visita, um pouco fora de contexto, mas sempre muito agradável, ao castelo de Marialva, onde o pôr do sol é algo de especial, isso é garantido.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:78%;">A dormida desse dia deu-se em Celorico, integrando-se isso, numa tentativa bem sucedida de seguir parte do caminho que os exércitos franceses tomaram em 1810. Assim no dia seguinte visitou-se a "ponte velha" de Fornos de Algodres, uma espécie de ponto de não retorno para Masséna, que a partir daí o levaria directamente para o Buçaco.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:78%;">Com algumas condicionantes procurou-se seguir sempre pela margem direita do Mondego, passando por localidades como Nelas, Santa Comba, etc., em direcção a Mortágua onde foi estabelecido o quartel general francês, mas só se parou no Moinho de Moura, a elevação onde Masséna estabeleceu o seu posto de comando no dia 27, o dia da batalha.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:78%;">Seguiu-se depois o moinho de Sula, sobranceiro à aldeia com o mesmo nome e onde ocorreu um dos ataques desse dia, depois como</span><span style="font-family:Times New Roman;font-size:78%;"> a tropa já precisava de reabastecimentos, só depois do almoço se prosseguiu a visita, neste caso no monumento comemorativo. Diga-se de passagem que a arborização da serra já não permite de todo a vista panorâmica que os anglo-portugueses tinham em 1810.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:78%;">Por isso mesmo não se visitou a parte de Santo António do Cântaro, até porque essa estrada não é muito propícia a um autocarro, optando-se antes por visitar a Cruz Alta, o ponto mais alto da serra, onde finalmente foi possível ter uma visão a 360º. Aí foi explicado como os franceses enontraram a estrada de Boialvo, contornando as posições de Wellington que foi forçado a retroceder.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:78%;">Mas o dia só terminou com uma caminhada na muito bonita, mas igualmente muito negligênciada mata nacional, isto para quem ainda tinha forças, seguindo muitos no autocarro até ao Palace Hotel onde terminou o percurso, com o senão de a parte remanescente do mosteiro estar encerrada, afinal somos um país que aposta no turismo não é?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:78%;">Não se vão ficar por aqui estas iniciativas, quem quiser mais informações pode sempre enviar um mail para <a href="mailto:aureahistorica@clix.pt">aureahistorica@clix.pt</a>, com um grupo significativo, podemos sempre fazer nova visita e no Arquivo Histórico de Óbidos, está disponível um caderno com um resumo da terceira invasão e com os locais mais interessantes do percurso.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-41449343425908029942007-10-03T10:08:00.000+01:002007-10-03T10:21:27.861+01:00Visita.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Já está confirmada a visita à Praça-forte de Almeida e à Serra do Buçaco, com um pequena alteração de datas, passando para o fim de semana de 20 e 21 de Outubro. Mais informações podem ser obtidas junto dos postos de turismo de Óbidos, Bombarral, Lourinhã e Torres Vedras.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">De modo sucinto, no primeiro a partida será efectuada de Óbidose seguiremos directamente para Almeida, que depois do almoço visitaremos. Seguir-se-á o campo de batalha do Côa.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">A noite será passada na Quinta dos Cedros em Celorico, onde ocorrerá o jantar e o pequeno almoço do dia seguinte. O percurso a efectuar até ao Buçaco será mais ou menos o dos exércitos franceses, ou seja, a aproximação será feita por Mortágua.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Não poderemos ver todos os locais onde se desenrolou a batalha por falta de tempo, mas não deixaremos de ir aos mais importantes, como o posto de comando de Masséna, o monumento, o museu, etc.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">A própria mata e o palace hotel não serão esquecidos, estando reservado algum tempo para um passeio nesse que é um dos locais mais bonitos de Portugal.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Participem, será decerto um passeio agradável.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-67541002149691983642007-09-12T22:55:00.000+01:002007-09-12T23:01:42.920+01:00Visita.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Dadas as muitas solicitações recebidas, afinal não iremos realizar a programada visita aos locais da Primeira Invasão no Oeste de Portugal, vamos antes organizar uma outra de dois dias a Almeida e ao Buçaco.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Os preparativos estão em marcha e a data apontada é o fim de semana de 13 e 14 de Outubro, com partida e chegada a Óbidos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Brevemente todos os detalhes serão aqui publicados, no que será uma das últimas entradas, pois uma página web está em preparação, com mais conteúdos, outra apresentação e uma equipa de poucos mas bons elementos. </span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-3950977690952562352007-08-03T17:00:00.000+01:002007-09-12T22:55:19.407+01:00Visita.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">O blog está de férias, pelo que novidades só lá para o final de Agosto, de qualquer modo e dado o sucesso das edições anteriores, informo desde já que a nossa equipa está a preparar mais uma visita aos locais que fizeram a História da Primeira Invasão.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Não há data marcada, mas será num sábado de Setembro e à semelhança das outras ocupará todo o dia, incluí a visita guiada, almoço e transporte de e para o local combinado para a partida, o preço não ultrapassará os 30 euros. Para pré inscrições contactar <a href="mailto:aureahistorica@clix.pt">aureahistorica@clix.pt</a> deixando o nome e contactos.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-45455243942076052462007-07-25T18:19:00.000+01:002007-07-24T20:21:23.620+01:00Bernardim Freire de Andrade (1759-1809).<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Nascido em Lisboa, alistou-se no exército depois de ter frequentado o colégio dos nobres, começando como cadete no regimento de infantaria de Peniche, que fazia parte da guarnição de Lisboa. Em 1782 é promovido a alferes da 5ª companhia deste mesmo regimento, onde aliás se mantém até ser promovido a Major.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">No ano de 1793, toma parte na campanha do Rossilhão, durante a qual ascende a coronel (1794) e onde se começa a distinguir pelas suas qualidades de comando, chegando a ser ferido no assalto a Madalena. No regresso a casa tem nova recompensa pelos bons serviços prestados, é agora brigadeiro.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Em 1800 é nomeado governador e capitão general de São Paulo, mas então já se iniciavam os preparativos de um conflito que se avizinhava com Espanha e que rebenta em Maio do ano seguinte - a Guerra das Laranjas. Fica assim com o comando de uma brigada do exército do Alentejo, com a qual salva as tropas de Carcome Lobo da destruição, no combate de Arronches.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Pelo prestígio adquirido é convidado a participar nas diversas comissões que tinham por objectivo a reforma do exército, é entretanto promovido a marechal de campo. O ano de 1807 encontra-o no Porto para onde fora nomeado governador de armas da região militar, no entanto, com a entrada dos franceses não permanece por muito tempo no cargo, optando por pedir a sua dispensa, prontamente concedida pelo conselho de regência e retira-se para a sua casa de família.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Já quando estala a revolta, encontrava-se em Coimbra com um seu primo direito, Miguel Pereira Forjaz e juntos viajam para o Porto, onde ocupam cargos de destaque na Junta de Supremo Governo. D. Miguel na parte administrativa e Bernardim na reorganização de um exército desfeito pelos franceses.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Foi com essas forças, mal treinadas e mal equipadas, mas que mesmo assim já ascendiam a perto de 10.000 homens, que iniciou a sua marcha, tendo chegado a Coimbra no dia 5 de Agosto. Pouco depois encontra-se pela primeira vez com o general Wellesley em Montemor o Velho, que perante o estado das forças portuguesas decide incorporar apenas cerca de 1500 homens nas suas fileiras, mas cede armas e alguns abastecimentos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Ficou estabelecido que os portugueses protegeriam o flanco dos ingleses que marchariam para Sul junto à costa, Wellesley não contava com este auxílo, pois sabia perfeitamente que por mais vontade e patriotismo que os portugueses demonstrassem, só isso não seria suficiente para fazer frente aos franceses. Utilizava então todos os pretextos possíveis para demorar a sua marcha, caso da paragem em Leiria, por sua recomendação e para que se pudesse complementar o pouco treino.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Tudo somado fez com que Freire não participasse em nenhuma das batalhas e quando chega finalmente à zona de Torres Vedras, já os príncipios do que viria a ser conhecido por Convenção de Sintra tinham sido acordados, de nada valendo os seus protestos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Regressado ao cargo de governador militar do Porto, em 1809 recebe a missão de defesa do Minho, já na 2ª invasão francesa, tendo a regência indicado quais os lugares que deveria defender. Tal não foi possível devido à rapidez do avanço inimigo e à continua escassez de homens treinados e de armas, mesmo assim consegue impedir a passagem de Soult por Caminha, não impedindo todavia a invasão de Trás os Montes.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Tentou ainda, em diversos reconhecimentos entre Braga e Ruivães, escolher um local adequado onde pudesse montar uma linha de defesa, depara-se com imensas dificuldades, que começavam na indisciplina que ainda reinava no seu exército e decide então a retirada para o Porto. Os seus homens extremamente permeaveis às influências dos habitantes da zona, são levados a crer que ele estava a abrir o caminho para os franceses e prendem-no.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Ainda conseguiu salvar-se de uma primeira situação complicada, pela mão de António Bernardo da Silva, comandante de ordenanças, que travou os ímpetos dos que acusavam Bernardim de colaboracionista e de ter entregue o país aos franceses, mas mais à frente nada pôde fazer quando milícias, misturadas com camponeses o quiseram linchar pelos mesmos motivos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Por mais uma vez valeu-lhe o Barão de Eben, que comandava um regimento sedeado no Porto, e que o queria levar para o seu quartel, o pior é que a pequena escolta que deixou foi insuficiente para conter a população e no dia 18 de Março é assassinado juntamente com o seu quartel mestre general Custódio José Gomes Vilas Boas, perto de Braga.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-31046477106004049502007-07-19T21:19:00.000+01:002007-07-19T21:37:30.067+01:00Curiosidades.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Na rotunda do Castelo do Queijo, no Porto, está uma imponente estátua equestre de D. João VI </span><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">da autoria de Salvador Carvão da Silva d'Eça Barata Feyo, reputado escultor, com larga obra espalhada pelo país e que foi igualmente director do Museu Nacional Soares dos Reis.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">É a réplica de uma outra que tinha sido oferecida pelo governo de Portugal à cidade do Rio de Janeiro, inaugurada pela ocasião das comemorações do 4º centenário desta cidade em 1965. Ainda hoje lá está na praça 15 de Novembro, onde se localiza o antigo Paço Real.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Logo no ano seguinte e assim que ficou pronta, Junho de 1966, foi a vez desta ser inaugurada, mas inicialmente encontrava-se na praça Gonçalves Zarco, não resistiu portanto às renovações que se vão, bem ou mal, fazendo nas nossas cidades.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">O que é caricato é que quando foram concluídas as obras na dita rotunda, não houve o cuidado por parte dos autores das mesmas em recolocar D. João a olhar na direcção do Brasil, tal como estava anteriormente. Pormenor de somenos, talvez para alguns..........</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-51982215963936348262007-07-17T22:06:00.000+01:002007-07-16T18:52:52.142+01:00Napoleão 1.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Tenho assistido ultimamente a muitas discussões sobre esta personagem, que quase 200 anos após a sua morte ainda suscita tantas paixões e ódios. Não poderia deixar então de dar o meu contributo para a mesma e tentar também esclarecer alguns pontos que me parecem algo inexactos, num momento em que leio uma notícia de que mais um recorde foi batido, com a venda por 4.1 milhões de euros do sabre que usou em Waterloo.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">De herói a monstro, de tudo um pouco chamam a Napoleão, mas gostaria de começar pelas importantes reformas que introduziu e que tiveram um impacto muito para além das fronteiras de França, sentido até aos dias de hoje. </span><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Começando pela economia, foi durante a sua governação que foi criado o Banque de France, único que podia emitir moeda, levando à redução da inflação e à implementação de medidas proteccionistas que em muito contribuiram para o fortalecimento da indústria e do comércio.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Talvez a reforma mais importante tenha sido a introdução do Código Civil em 1804, onde estava consagrado o direito à propriedade, à liberdade individual e a igualdade de todos perante a lei, já o Código Penal instituído em 1809 vigorou em França até 1994. </span><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Na educação começou-se tudo do zero, formando-se cidadãos em termos de comportamento moral, político e social. Finalmente consagrou-se a supremacia do Estado sobre a Igreja, por exemplo entre várias reformas, o casamento passou a constar de dois actos, o civil e o religioso e os bispos eram nomeados pelo governo. </span><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Mais tarde o próprio escreveu que, a sua maior glória não foi ter ganho 40 batalhas, Waterloo tudo apagaria, mas nada apagaria o seu Código.</span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Um facto curioso é o de no seu casamento com Joséphine não ter havido descendência e por isso foi negociado um outro com a filha do imperador austríaco, assim ao abrigo do novo código, este foi o primeiro divórcio a ser decretado em França.</span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Anteriormente já tinham existido um conjunto de reformas que estabilizaram a administração pública depois dos anos conturbados da Revolução, o que agradou em muito à nova elite burguesa que não só ajudou, como em muito contribuíu para a ascensão de Napoleão a Imperador. Também a população em geral apoiou o seu governo, cansada dos anos sem lei.</span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Na parte militar, foi sua a reforma que originou a moderna conscrição, modelo depois seguido em todo o mundo, mas foi mais longe, aproveitando ensinamentos anteriores, expandindo-os e mesmo inovando, caso dos corpos de exército que em muito contribuíram para as suas muitas vitórias.</span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Mais, o papel da cavalaria foi revisto, sendo agora preponderante, os estados maiores foram reorganizados, assim como a artilharia. O objectivo era a mobilidade que pudesse originar a aniquilação do inimigo, para isso as invasões ocorriam num território mais vasto, oferencendo uma plêiade de oportunidades estratégicas e onde as vitórias seriam decisivas.</span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">O nacionalismo e o ideal do Estado Nação, foram impulsionados pelo período napoleónico, afinal a Itália foi pela primeira vez em séculos, unificada num reino único sob a sua égide e a Confederação do Reno que com os seus 40 Estados, veio substituir o Sacro Império com a míriade de 1000 pequenas entidades, foi o primeiro passo para a reunificação Alemã.</span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Na Polónia o actual hino nacional ainda contém uma referência à sua personagem, sendo aí encarado como um libertador que mostrou qual o caminho a seguir para a independência. Concluíndo, até os seus inimigos lhe reconheceram os méritos, questionado sobre quem seria o melhor general, Wellesley respondeu "Nesta época, na passada e em qualquer outra, Napoleão".</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-47379104863167706662007-07-14T14:59:00.000+01:002007-07-12T11:07:39.202+01:00Alpedrinha.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">As revoltas do período da primeira invasão perdem-se aos poucos na memória, quase 200 anos passados sobre os acontecimentos e, especialmente quando decorrem em pequenas localidades, pouco ou nada se escreve já sobre as mesmas.</span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Daí um dos objectivos destes artigos, não deixar cair no esquecimento o que se passou entre 1807-1808, anos fundamentais para uma refundação da identidade portuguesa, pois não é o exército que lídera o combate aos "usurpadores", são as populações locais que em primeiro lugar o fazem ao aclamarem o príncipe regente e ao hastearem novamente a bandeira nacional.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">As vitórias inglesas são de extrema importância e em muito contribuem para a expulsão final dos franceses, mas estas revoltas, mesmo com pesadas perdas para as populações, em muito influem também para o resultado final, ao darem a entender ao inimigo que o país não mais aceitaria de ânimo leve a sua presença.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Alpedrinha, no dia 5 de Julho de 1808, assistiu a mais um dessas violentas entradas do general Loison, que pretendia desse modo incutir um terror tal nos populares, que estes não mais se revoltariam contra o governo francês. Os resultados seriam sempre inversos, mas nada disso impedia as atrocidades, </span><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">diversas casas foram saqueadas e depois queimadas, estimando-se que 31 pessoas tenham perecido neste dia.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">A economia nacional já de si muito depauperada, muito dificilmente recuperou depois de destruída parte da sua capacidade de produção agricola e mesmo a insipiente indústria sofreu. Para além das repercussões que se sentiriam por muitos anos com a degradação dos solos, a ruína de muitas das estradas e pontes, a perda de gerações, etc.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Não será esta, no entanto, uma razão suficientemente forte para que haja quem escreva que estas comemorações, a acontecerem, seriam de choro, isso é demonstrar um total desconhecimento da história, é não ter aprendido nada com o passado, afinal uma das grandes lições que a História pode dar.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">É finalmente desconhecer, que a construção da democracia portuguesa começou à quase 200 anos, no dia 30 de Novembro de 1808, quando o general Junot chegou a Lisboa. Caminho longo esse e trilhado à custa do sacrifício de muitos, mas afinal não valeu a pena?</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-44526991678215874702007-07-12T11:29:00.000+01:002007-07-11T10:10:55.577+01:00Joaquim José da Silva.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Os últimos anos do século XVIII e os iniciais do século XIX, foram extremamente problemáticos para Portugal, país empobrecido e economica, social e culturalmente atrasado. Ao mesmo tempo foi ainda um tempo de grandes descobertas e grandes feitos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Porque apesar de todas as dificuldades ainda existiam pessoas brilhantes e com empenho, que tentavam lutar até contra preconceitos e interesses estabelecidos, afinal problemas que já têm 200 anos, ou mais. Joaquim José da Silva inseriu-se nesse grupo.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Natural do Rio de Janeiro, tal como muitos outros seus compatriotas vem para a metrópole para concluir os seus estudos em medicina e em matemática na universidade de Coimbra. Com mais dois colegas integra durante algum tempo o Real Gabinete da Ajuda, que possuía uma imponente biblioteca.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">O seu objectivo, ao qual dedicou 4 anos da sua vida, era a preparação de uma expedição ao Brasil, tendo em vista uma melhor compreensão da sua história natural, no entanto, a nomeação para secretário do governo em Angola veio frustrar um pouco estes planos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Para minorar a situação, foi-lhe concedida a oportunidade de manter aí as funções de naturalista e assim na primavera de 1783, parte de Lisboa com Angelo Donati, um artista e naturalista e José António, um artista. A viagem dura 4 meses e a primeira contrariedade surge logo em Benguela, onde durante a escala de 19 dias morre Donati, pelo que são muito escassos os seus trabalhos conhecidos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Já instalado em Luanda, parte pouco depois numa expedição ao rio Dande, em Cabinda, de onde envia para Lisboa os primeiros espécimes que recolhe e que incluíam minerais, um herbário, os cornos de uma cabra de montanha e uma nova espécie de manatim. Novo azar atinge-o então, com a morte em Massangano do único artista que restava, José António, após doença prolongada.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Entre 1784 e 1785 tem que permanecer nas suas funções junto do Governo da colónia, mas em Maio desse úlitmo ano juntou-se a uma expedição militar que tinha por objectivo a descoberta da foz do rio Cunene. Durante dois anos percorreu o interior, no Sul de Angola, mas não foi possível concretizar essa descoberta devido à seca, mas também aos ataques das tribos locais.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Conseguiu apesar das muitas dificuldades, preparar um mapa, que incluía um diário da expedição e ainda trouxe consigo duas caixas com minerais e exemplares da flora da região. Os seus envios mantêm-se de forma mais ou menos regular até 1787.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Nesse ano pede permissão para regressar a Lisboa, ou então para poder regressar ao Rio de Janeiro, mas a resposta tardava, afinal a burocracia era e é lenta, o que o leva a decidir-se por permanecer em Luanda e a casar-se. Muito pôde então agradecer o real gabinete ao seu trabalho, entre 1790 e 1791, por exemplo envia aves e em 1792 envia uma hiena. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">A partir desse ano concentra-se nas plantas que poderiam ter um interessante potencial económico, caso de algumas variedades de algodão, várias espécies de feijão e plantas medicinais, tudo para além dos minerais que sempre expediu.</span><br /><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Em 1794 parte para Ambaca onde se dedica à recolha e organização de colecções botânicas, só regressa a Luanda em 1799 devido às suas precárias condições financeiras, que não lhe permitiam sustentar a familia e prosseguir com os seus estudos científicos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Temos notícias suas até precisamente ao ano de 1808 e sabe-se que parte das suas colecções foram alvo da cobiça dos franceses e que estão hoje patentes no museu de história natural de Paris, mas será que outra parte não menos importante não permanece encaixotada algures?</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-36024719472296381152007-07-01T23:47:00.000+01:002007-07-01T16:02:45.673+01:00Mapa.<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRTmoq-HPTnHewoi4tvUC0Z5NiE-670UCtvei3q6uCJt4OEHXFY9-9QwPQUrwVyGABMQLeu4Yx0ndMxghxUKMNVD-EGba9MF1UBnNi4uqjqxaOkIghL3LRhFlpdkQsyBW_1BN2/s1600-h/mapanevescosta.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5082243999181590210" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRTmoq-HPTnHewoi4tvUC0Z5NiE-670UCtvei3q6uCJt4OEHXFY9-9QwPQUrwVyGABMQLeu4Yx0ndMxghxUKMNVD-EGba9MF1UBnNi4uqjqxaOkIghL3LRhFlpdkQsyBW_1BN2/s200/mapanevescosta.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Carta itinerária militar, que contém ainda a topografia da região a Norte de Lisboa, esboço de Neves Costa, 1809-1810. (Direcção dos Serviços de Engenharia)</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-80094019896863120442007-06-24T23:21:00.000+01:002007-06-24T23:25:39.128+01:00S. Jorge, Açores.<div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">A história do ano de 1808 não se faz só de franceses, reproduzo aqui um texto sobre outro tipo de acontecimento, igualmente gravoso e que grande sobressalto causou nesta ilha:</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;"><em>No 1.º dia do mez de maio de 1808 (Domingo do Bom Pastor) sobre a madrugada sentio-se um grande terramoto e pelas 11 horas e meia outro maior seguido da estrondos distantes; o ar escureceu-se com espessas nuvens de fumo para a parte do nordeste, e assim continuou até a noite em que se avistaram copiosas labaredas de fogo que se elevavam da ilha de S. Jorge.Tocou-se logo a preces em todas as egrejas e o povo espavorido correu a implorar a misericordia divina para com aquelle infeliz povo.Continuaram os terramotos com estrondos nos dias seguintes e o fogo cada vez mais copioso; então no dia 7 reunio-se a camara da Horta com os principaes e resolveram mandar uma lancha áquella ilha com algum socorro e uma carta consolatoria á sua camara offerecendo hospitalidade ás pessoas que se quizessem refugiar nesta ilha para o que lhes mandariam barcos.Partio com effeito a lancha e brevemente voltou trazendo o ouvidor ecclesiastico d'aquella ilha e mais alguns padres; foram depois chegando algumas familias e para o Pico tambem veio o doutor juiz de fóra e mais algumas pessoas. (…)</em></span></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">in Macedo, história das quatro ilhas, tomo 1, p. 300.</span></em></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Obrigado S. Jorge Digital.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-17990888331565448202007-06-21T15:43:00.000+01:002007-06-21T14:37:43.773+01:00Regimentos de Milícias.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Após a reorganização da tropa auxiliar em 1793, surgiram os seguintes regimentos de milícias na zona Oeste e limítrofes (estando activos no período entre 1807 e 1808):</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">- Terço de Infantaria Auxiliar da Comarca da Vila de Torres Vedras - Coronel José de Melo Lima Falcão, que era coronel agregado, passando a efectivo a 24 de Junho de 1807. Quero recordar que as comarcas eram entidades que abarcavam vários munícipios, pelo que o centro de recrutamente era a sede da dita.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">- Terço de Infantaria Auxiliar da Comarca de Leiria - Mestre de Campo Isidoro dos Santos Ferreira.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Ambas não participaram em nenhuma acção de relevo nesta época, para além destas ainda existiam na capital as seguintes:</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">- 2.º Terço de Infantaria Auxiliar do Termo de Lisboa e Regimento de Milícias do Termo da Corte, do Lado Ocidental - Coronel Estevão Joaquim Freire de Veras.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">- Voluntários Reais de Milícias a Pé de Lisboa Ocidental - Coronel Pedro de Lencastre, Marquês de Abrantes.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Outras forças de infantaria surgiram numa altura (finais de 1808) em patriotas apelavam a todos os portugueses para que defendessem o solo pátrio contra os agora designados como usurpadores franceses, mas que não foram integradas em nenhuma divisão já existente:</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">- Regimento de Infantaria dos Voluntários Reais do Comércio - criado por decreto de 28 de Dezembro de 1808 - Coronel António Francisco Machado.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">- Regimento de Cavalaria dos Voluntários Reais do Comércio - também criado a 28 de Dezembro de 1808 - Coronel João Pereira Caldas</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">- Voluntários Reais de Milícias a Cavalo da cidade de Lisboa - alvará concedido em 21 de Outubro de 1807 - Coronel Henrique de Melo de Azambuja.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-63655174622920524122007-06-19T18:50:00.000+01:002007-06-19T15:38:15.277+01:00Combates no Tejo 2.<span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Apenas alguns dos combates que ocorreram em 1808:</span><br /><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">13 de Fevereiro - parte da tripulação do Confiance, embarcados em um escaler e um cúter e comandados pelo mestre Largue, atacam uma canhoneira ancorada junto ao forte de Paço de Arcos. A resistência liderada pelo guarda marinho Gandolphe, não impediu a sua captura bem como a de 50 prisioneiros e cerca de 100 armas. Os franceses perderam 3 homens e viram 9 ficarem feridos, os ingleses não tiveram baixas.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Em Abril deu-se o ataque de Shipley já aqui resumido e que resultou na sua morte, bem como na de 40 dos seus companheiros. Neste mesmo mês, mas no dia 5, cerca de 170 portugueses que haviam procurado refúgio na frota inglesa, foram enviados para Plymouth e dois dias depois mais 200 seguiram o mesmo caminho, o seu último destino seria o Brasil.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Diariamente partiam pessoas que procuravam abrigo na esquadra inglesa, por isso uma medida de Junot foi decretar que todas as embarcações teriam que ter obrigatoriamente letras e números pintados de forma visível, algo que permaneceu até aos nossos dias.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Em Maio com grande parte dos navios da frota portuguesa já reparados, um falso alarme, as vigias reportam a Junot que a frota inglesa não estava no horizonte e este pensa logo em mandar zarpar 1 fragata e 1 corveta, com o intuito de descobrir onde paravam esses navios, mas antes de os preparativos estarem concluídos, voltava a esquadra inglesa.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Junot tentava por todos os meios, sejam eles de lisonja ou de ameaça, a colaboração do almirante Siniavin, entregara-lhe todos os abastecimentos em víveres e em pólvora de que necessitava e propusera mesmo a entrega da nau Vasco da Gama, já recuperada e com 74 peças. Nada demovia no entanto o russo que continuava a argumentar que o seu país não estava em guerra com Portugal.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Napoleão também enviara instruções para que finalmente esta frota pudesse entrar em acção de modo a causar problemas aos ingleses, estabeleceu mesmo um prazo para que a mesma se fizesse ao mar - 1 de Julho. Mais esclarecido sobre a real situação, até do próprio país, Magendie considerou que era impossível guarnecer os 9 navios e depois de Maio, com a retirada da tropa espanhola, a tarefa foi abandonada.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Sob bandeiras de tréguas, embarcações inglesas entravam no estuário para parlamentarem, quer com os franceses, quer com os russos, aos quais por vezes entregavam correspondência, este era afinal mais um expediente que lhes permitia obter notícias da situação na capital, por isso mesmo foram depois proibidas.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-69354833594142278332007-06-17T18:05:00.000+01:002007-06-17T16:00:24.096+01:00Combates no Tejo 1.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Foram várias as acções que os ingleses intentaram no rio Tejo, com o objectivo,</span><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;"> mesmo que não se conseguissem alcançar grandes vitórias, nem causar grandes estragos, de pelo menos infligir duros golpes na moral dos franceses e de os obrigar a um permanente estado de alerta.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Um dos principais objectivos de Junot era a captura da frota portuguesa, mas pertencendo ele ao exército, Napoleão vai atribuir ao capitão Magendie, antigo oficial do estado maior do almirante Villeneuve, a responsabilidade do comando da frota.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Os melhores navios, como já sabemos, tinham zarpado com a família real, mas ainda restavam alguns cujos reparos não foram concluídos a tempo, ou para os quais não havia guarnição. Totalizavam 4 naus, 5 fragatas, 1 corveta, 2 brigues e 1 charrua. Neste número incluí-se a nau Príncipe Regente, futura D. João VI, que ainda estava em cavername no arsenal da marinha. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Esta era a frota com que Magendie podia contar, mas que nunca saiu do porto dado o bloqueio imposto pelos ingleses, a prioridade seguinte foi precisamente a defesa das costas contra possíveis ataques, para isso alguns navios que estavam em tão mau estado que não podiam navegar, foram dispostos em linha na zona onde o rio mais estreitava, entre a torre de Belém e a torre velha da Trafaria.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Os ingleses desconheciam que tipo de defesas estavam os franceses a montar nas margens, mas tinham algumas estratégias para as descobrirem, em diversas ocasiões esperavam pela maré enchente e largavam pequenas jangadas a que amarravam lanternas, atraíndo o fogo inimigo.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">É que para além das fortalezas já existentes, foram construídos redutos provisórios, por exemplo nas praias de Porto Brandão, Paulina e Bom Sucesso e uma bateria de morteiros foi disposta entre Cacilhas e a Trafaria. Cerca de 183 peças de calibre variado procuravam assim assegurar a tranquilidade de Lisboa.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Nada disto impedia o trânsito constante de chalupas e de escaleres ingleses que procuravam inteirar-se de todas as movimentações, quer dos franceses, quer da esquadra russa do almirante Siniavin, fundeada entre Belém e a Junqueira. </span><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Um navio muito importante para Junot era o mercante Espada de Ferro, também fundeado na dita zona e que era como que um cofre forte, onde todas as riquezas saqueadas eram depositadas.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-12169647799919698702007-06-15T22:37:00.000+01:002007-06-14T12:42:39.554+01:00Mílicias e Ordenanças.<div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Estas unidades eram específicas do exército português, não se podendo estabelecer uma equiparação com os seus congéneres europeus da época (século XIX) e resultavam de uma longa herança de conflitos, a começarem desde logo na conquista da independência.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">As mílicias tiveram a sua origem no reinado de D. Sancho I, embora só tenha sido D. Sancho II a estabelecer nos forais que outorgou a obrigação de todos os municipios as criarem. Durante a regência do infante D. Pedro, foi regulamentada a sua organização territorial.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Já as Ordenanças surgem no reinado de D. Diniz, com a criação de corpos de besteiros, integrando homens de oficio que não faziam parte das mílicias, mas que passavam a estar "à ordem do rei", ou no dizer de Carlos Selvagem eram a "massa militar da nação". </span><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Tudo isto num tempo em que o exército não era permanente, sendo convocado consoante as necessidades e dependendo fortemente do empenho da nobreza. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Em 1570 o Regimento das Companhias de Ordenança, regulamentou este tipo de serviço militar que era obrigatório, estando o país dividido em comarcas onde um capitão mor procedia ao "arrolamento" de todos os homens válidos dos 18 aos 60 anos. De entre estes eram recrutados depois os que viriam a servir nos regimentos de primeira linha.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">No período da Guerra da Restauração foi necessário proceder-se à reorganização do exército, dividindo-se as forças em três grandes unidades:</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">- As ordenanças - organizadas em companhias de 240 homens, cuja missão era a de apoio às forças de primeira linha, fosse guarnecendo fortalezas, escavando trincheiras, ou fazendo a "pequena guerra" - a de guerrilha. Voltava ainda a servir como depósito para recrutamento.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">- Mílicias - um corpo auxiliar que deveria garantir a defesa das fronteiras, organizadas em terços de 600 homens.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">- Exército de Linha ou Regular - Um exército permanente, cujos efectivos variaram muito de época para época.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Portanto ao longo de todas as reformas porque passou e outras que ainda estavam para vir, nunca foi negligenciado o papel destas forças, atribuíndo-se sempre grande relevância às suas funções.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Em 1806 novo regulamento tinha por objectivo a modernização da tropa, sendo criadas três regiões militares, Norte, Centro e Sul, possuíndo cada 8 capitanias mores, que se dividiam em 8 companhias de Ordenanças, no total formavam 24 brigadas. Os regimentos de Mílicias eram agora 48.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">O recenseamento que era obrigatório para os homens entre os 17 e os 40 anos, fazia com que depois as levas anuais fossem divididas por sorteio em duas partes, de forma a abranger todas estas unidades. O conscrito tinha pela frente 10 anos de serviço no exército, mais 8 nas Ordenanças ou 14 nas Mílicias, mais 8 nas Ordenanças.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Esta foi a parte que tímidamente se começou a implementar, pois o que era de urgente implementação arrastou-se e a Primeira Invasão deu-lhe um duro golpe, mas foi só Beresford que acabou com a dita.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-74032472755660973322007-06-15T12:01:00.000+01:002007-06-14T14:21:59.182+01:00Manuel Fernandes Tomás (1771-1822).<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1vWPv6dZTwJBcWRrkyC_28XBxOgYYswv0n4l2sazdm2IpFGgEUtIE0u0EP3EjCHQ0BCbrS69TETTr4KNetqmpECDollLL3LL88XGJD5BiI2q5wNcbS1XRBuAAFCnLGwsHzfTu/s1600-h/ManuelFernandesTomás.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5075909502474715938" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1vWPv6dZTwJBcWRrkyC_28XBxOgYYswv0n4l2sazdm2IpFGgEUtIE0u0EP3EjCHQ0BCbrS69TETTr4KNetqmpECDollLL3LL88XGJD5BiI2q5wNcbS1XRBuAAFCnLGwsHzfTu/s200/ManuelFernandesTom%C3%A1s.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Figura proeminente da Figueira da Foz, onde nasce no seio de uma família burguesa, que o destinou ao sacerdócio. Mas ele assim não quis e trocou-o pela advocacia, sendo bacharel pela Universidade de Coimbra aos 20 anos, continuando depois em Lisboa o seu aperfeiçoamento, atarvés do estudo das ciências do Direito.</span><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">A 30 de Agosto de 1792 é nomeado síndico e procurador fiscal do munícipio da Figueira, no qual é posteriormente vereador, entre 1795 e 1798. Em 1801 já é juíz na comarca de Arganil e em 1805 recebe a superintendência das alfândegas e dos tabacos nas comarcas de Leiria, Aveiro e Coimbra, cargo que desempenhava em 1807.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Com o governo de Junot a ditar as ordens, resolve retirar-se para uma quinta que possuía na região da Figueira da Foz, aí permanecendo até ao mês de Agosto de 1808, altura em que o desembarque inglês ocorre em Lavos, mas não existiam já na zona autoridades que pudessem prestar auxílio aos mesmos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Mas estava presente Manuel Tomás, pelo que logo foi nomeado Comissário em Chefe do exército na zona, merecendo de Wellesley o elogio de ter sido "o homem de quem recebi mais assistência e serviço do que qualquer outro".</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Restabelecido o governo, em 1809 é provedor da comarca de Coimbra, mas não abandona totalmente as funções anteriores e no ano seguinte Beresford chama-o para o seu quartel general como intendente dos víveres, tendo sido a sua acção incansável para os garantir para o exército.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Em 1811 é nomeado desembargador honorário no tribunal da relação do Porto, de 1812 a 1814 transfere-se para Coimbra, mas só recebendo o cargo em pleno em 1817, por não ter completado o triénio como provedor como era requerido, volta ao Porto nessa data para ocupar a vaga que era sua. Distinguiu-se neste período pelas suas publicações de direito, mas nas quais manifestava também uma grande preocupação pelo estado da nação.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">A fase seguinte da sua vida é igualmente muito interessante, sendo fundamental o seu papel durante o Liberalismo, mas isso fica para outra altura e outro blog.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-61696439553797169002007-06-14T22:48:00.000+01:002007-06-14T12:37:45.278+01:00Os afrancesados 1.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Nos países ibéricos a existência de grandes impérios coloniais, motivara a instalação nas suas principais cidades de uma numerosa comunidade estrangeira de industriais, mas principalmente de comerciantes. Entre estes eram maioritários os ingleses e os franceses, assim se por um lado podemos falar que ambas estas sociedades estavam algo isoladas e presas nos seus costumes de antigo regime, por outro lado, também é certo que as influências do exterior entravam por este meio. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Sendo certo que apenas uma minoria tinha acesso às mesmas, uma das primeiras e mais duradouras surgiu ao nível do vestuário e as últimas modas provenientes de Paris suscitavam a cobiça entre as classes mais abastadas, embora em público poucos fossem os que se atravessem a usá-las. Foram esses, no entanto, os primeiros a serem apelidados de afrancesados.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Cientes do perigo que constituíam as novas ideias iluministas para a monarquia absoluta, os governos de ambos os países proibiram desde logo certos livros, o vestuário ainda vá, mas pensar-se em construir uma nova sociedade nem pensar.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Nada disso impediu que as novas ideias circulassem, através da troca de correspondência entre uma burguesia e mesmo uma nobreza que tinha relações familiares nos dois lados da fronteira e não era igualmente incomum que os comerciantes franceses, por exemplo, se instalassem em Portugal e em Espanha, assim até livros chegavam às mãos de homens de letras ávidos da sua leitura.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Já desde o tempo do Marquês de Pombal que se sabia que isto acontecia, mas era algo que o governo não podia controlar, dando azo a uma livre troca de ideias, o que não quer dizer que não existisse uma feroz perseguição a todos aqueles suspeitos da sua divulgação.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Aos poucos o termo passou então a ter uma conotação mais perjorativa, acentuada a partir de 1789, data da revolução francesa, mas torna-se necessário evidenciar as notórias diferenças entre todos aqueles que abarngidos por esta conotação, afinal entre eles havia os que desejavam o fim da monarquia e os que apenas desejavam reformar a monarquia, b</span><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">asta relembrar que no próprio governo existiam duas facções.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-64370428663948855612007-06-12T14:40:00.000+01:002007-06-12T14:51:25.431+01:00Napoleão leva a paz às nações europeias.<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivhcba9yArSJDqN7K-tnoxiUdpYR-HRHyJVqx-9Z4ZSnTARMQD3qwW1s4rjnJyRsYlDVFrV71XWyxzRbzpi5t72WseD_kYiAZls7_H0xOQPFRqEne3cXyTJ_zC2yHk0ux1uze3/s1600-h/454973_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5075172438842082066" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivhcba9yArSJDqN7K-tnoxiUdpYR-HRHyJVqx-9Z4ZSnTARMQD3qwW1s4rjnJyRsYlDVFrV71XWyxzRbzpi5t72WseD_kYiAZls7_H0xOQPFRqEne3cXyTJ_zC2yHk0ux1uze3/s200/454973_1.jpg" border="0" /></a> <span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">A figura central é o próprio imperador dos franceses que estende um ramo de oliveira aos países com quem ainda mantinha conflitos. Podemos identificar na parte direita e já com os ramos na mão o rei de Espanha, o imperador da Áustria. o rei da Prússia e o Tzar da Rússia.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Na esquerda temos então os países a quem se propunha a paz e através disso a prosperidade dos novos tempos sob a égide francesa. Da direita para a esquerda temos o rei da Suécia, o Papa, representando a Santa Sé, o sultão da Turquia e ao fundo o príncipe regente de Portugal.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Afinal a propaganda não é uma ivenção do século XX.</span><br /></div><div align="justify"></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-69384418943394463192007-06-11T13:41:00.000+01:002007-06-10T23:24:38.765+01:00A Doutrina dos Exércitos Franceses após a Revolução 2.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">O melhor exemplo para o que acabou de ser descrito no artigo anterior é a campanha da Prússia de 1806 e particularmente as batalhas de Iena e Austertadt. Napoleão reunira rapidamente um Grande Armée de 180.000 homens, dividiu-o em três colunas com dois corpos cada.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">A cavalaria e a guarda imperial acompanhavam o avanço da coluna do meio e uma divisão de bávaros a coluna da direita. Desconhecendo a posição exacta do inimigo, mas confiante que ao levar a batalha para campos alemães saíria vencedor, estende a sua frente por 200 km, encurtando-a na passagem pela floresta da Turíngia para 45km, para depois a alongar novamente para 65km.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Tudo isto serviu para confundir os prussianos que foram obrigados a dispersar o seu dispositivo para não descurarem nenhuma das possíveis rotas que os franceses poderiam seguir. Quando as patrulhas reportam a presença do inimigo junto do seu flanco esquerdo, Napoleão reúne 145.000 homens para atacar nesse ponto, conseguindo a tal superioridade numérica decisiva e com isso destruíndo uma parte significativa do inimigo em Iena.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Um só corpo, destacado da massa de tropas, conseguira entretanto reter uma força muito superior de prussianos, que tentava desesperadamente acorrer ao local da batalha principal. Não só não o conseguiram, como no dia seguinte em Austertadt foram completamente derrotados.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">A mobilidade defendida por Guibert foi comprovada, quando apenas 33 dias depois de iniciada a campanha, os franceses ocuparam Berlim e aniquilaram o exército da Prússia. No total esta guerra durou 7 semanas.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-30057963274187463282007-06-09T12:02:00.000+01:002007-06-07T22:14:08.417+01:00Porque Junot nunca foi Marechal 3.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Já há algum tempo que se confundia a coragem de Junot com loucura, certos ataques que lhe deram fama, como por exemplo durante a campanha do Egipto, em que com poucas centenas de homens desbarata milhares, tinham tanto de glorioso como de temerário.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Na campanha de Itália é ferido pela primeira vez na cabeça em Lonato, considerando os seus biografos que a partir deste momento o seu carácter se alterou, tornando-se temperamental e impetuoso, mas o que é certo é que estas características já faziam parte da sua personalidade.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Durante a terceira invasão Junot foi mais uma vez ferido com alguma gravidade na face, </span><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">durante uma escaramuça em Rio Maior a 19 de Março de 1811, nunca tendo recuperado totalmente, conta-se que, muito depois, quando ficava colérico sangrava da mesma.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">Também se dizia já na época que os sinais de loucura eram agora mais evidentes do que nunca, mas tendo Junot conduzido a sua vida pessoal de modo bastante desregrado, isso era difícil de avaliar ao certo e apesar do seu ferimento, continua no serviço militar activo e participa na campanha da Rússia de 1812.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">No entanto a sua conduta desastrosa, leva a que Napoleão se decida a afastá-lo do comando, nomeando-o governador das províncias da Iliría. Não fica por muito tempo nesta posição, o seu pai vê-se obrigado a ir buscá-lo em Fevereiro de 1813 e com ele regressa a França, dado o seu agora claro estado mental.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Sabe-se que esta nomeação tinha sido mal recebida e que Junot se sentira abandonado, talvez fosse essa a razão final do seu declínio. Poucos meses depois, ao saber da notícia da derrota do seu grande amigo e protector, suícida-se.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-58971715053249072332007-06-08T17:14:00.000+01:002007-06-07T22:11:05.617+01:00Porque Junot nunca foi Marechal 2.<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;font-size:85%;">A segunda razão seria então de ordem funcional, este é um género de eufemismo, para dizer que nem os seus contempôraneos</span><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;"> lhe reconheceram grandes méritos militares, relacionando as suas promoções iniciais com a sua inigualável coragem em batalha, mas as subsequentes já resultariam da longa amizade mantida com Napoleão.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Ninguém negava que era um estrito cumpridor das ordens recebidas, mas em batalhas mais complexas, que exigissem algo mais do que um rápido ataque, a situação complicava-se e o Vimeiro é logo apontado como o primeiro exemplo disso mesmo.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Junot ganhara dos seus companheiros de armas a alcunha de "La Têmpete", pela maneira como se entregava à luta, encontrando-se sempre onde ela era mais feroz. Quando conheceu Napoleão durante o cerco de Toulon já era sargento de granadeiros, depois foi logo requisitado para ser seu ajudante de ordens.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">No Egipto é desde a sua chegada promovido a general de brigada, mas é ferido num duelo e ao regressar a França como inválido é capturado pelos ingleses. O afastamento progressivo de Napoleão terá começado então nesta altura, temendo-se a sua irascibilidade.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Nomeado governador de Paris, quando começa a abusar da sua posição é enviado como embaixador para Portugal, em substituíção de Lannes, que também aqui tinha sido exilado. Ainda assume uma segunda o cargo na capital de França, mas novos escândalos, tal como já foi descrito na sua biografia, levam a novo afastamento e ao regresso ao nosso país.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Napoleão não fica inteiramente satisfeito com o seu comportamento e na terceira invasão envia-o mais uma vez, mas agora como auxiliar de Massena. O pior é que Junot sentia-se humilhado por ter de responder perante este e tudo fazia para conspirar contra ele e não era o único.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">A sua carreira militar entrara num nítido declínio, não mais sendo chamado para comandos independentes, de qualquer modo ainda participa na campanha da Rússia, onde na batalha de Smolensk foi acusado de permitir a retirada do exército russo, mas ainda comanda o 8º corpo na batalha de Borodino.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-33270407.post-49150435021933747782007-06-06T14:38:00.000+01:002007-06-07T22:15:50.853+01:00A importância de Bailén 2.<div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">O desfecho da batalha de Bailén não resultou de nenhum confronto decisivo e sim da imobilidade de Dupont que acabou por ficar cercado por um exército espanhol, numa zona completamente sublevada. Perdidas as esperanças no restabelecimento das comunicações com Madrid, onde estava uma importante reserva, foi decidida a rendição.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Em príncipio todo o exército deveria ser repatriado, mas só os oficiais e uma parte da infantaria puderam regressar a França, pois os ingleses objectarm contra este acordo e impediram a partida dos navios espanhóis. Depois de 4 meses fechados em porões sem verem a luz do dia e a morrerem num racio de 100 homens por dia, finalmente um acordo entre as duas nações ditou o seu envio para uma pequena e semi desértica ilha de Cabrera no Mediterrâneo.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Em Espanha o dispositivo organizava-se agora da seguinte forma:</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">- Na Catalunha o marechal Moncey com o apoio do general Duhesme, combatia a insurreição de Valência e Cartagena.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">- No Norte, o marechal Bessiéres lutava por manter abertas as comunicações com França, ao mesmo tempo que enfrentava os rebeldes de Saragoça e Santander.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">- O marechal Murat permanecia em Madrid com uma importante reserva de forças.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Qual o significado desta distribuição? A Galiza, a Andalúsia e parte significativa do Norte não estavam controlados, dando tempo aos espanhóis para que pudessem reorganizar os seus exércitos e um governo provisório.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Para Portugal tudo isto significava que Junot estava isolado, sem comunicações e principalmente sem poder receber reforços durante vários meses. Assim após a derrota no Vimeiro, levantaram-se algumas dúvidas para os franceses, afinal será que estariam em condições de enfrentar nova batalha? Ou que poderiam enfrentar um cerco? E as comunicações seriam restabelecidas a tempo?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:85%;">Bailén significou portanto que quer ingleses quer portugueses tiveram tempo para repensar as suas estratégias, organizar os seus exércitos e prepararem-se para o que ainda estava por vir.</span></div>Phttp://www.blogger.com/profile/04408443030337546946noreply@blogger.com